Sensemaking como processo comunicativo na prática da gestão da liderança intermediária em uma organização do setor de TI

Autores

  • Maria de Lourdes Borges Centro Universitário La Salle - Unilasalle Canoas
  • Fábio Miguel Junges UNISINOS
  • Inge dos Santos Christmann UNILASALLE

DOI:

https://doi.org/10.18316/1225

Palavras-chave:

Sensemaking, liderança intermediária, práticas comunicativas

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar evidências do processo de sensemaking como resultado das práticas comunicativas, promovidas pela liderança intermediária, em uma organização do setor de Tecnologia da Informação (TI) a respeito da busca pelo constante aperfeiçoamento técnico dos profissionais. Foram estudados os processos de comunicação do ponto de vista da interação e da organização social, que ultrapassa a mera transmissão da informação (CASALI, 2005), conceito embasado em James Taylor (2004) no discurso como ação, e no entendimento de Karl Weick (1995) sobre sensemaking. Foi utilizada uma metodologia qualitativa e, como estratégia de pesquisa, foi realizado um estudo de caso (YIN, 2001) na empresa Teevo, com matriz em Caxias do Sul (RS) e filiais em cinco outras cidades. Foram realizadas oito entrevistas, utilizando-se um protocolo de pesquisa semiestruturada, bem como sete horas de observação, as quais, posteriormente, foram analisadas segundo a Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). Os resultados indicam que os líderes intermediários procuram realizar constantes interações e se comunicam com cada colaborador com alguma periodicidade a respeito do desempenho, das expectativas e do desenvolvimento da carreira. Tais encontros promovem um processo comunicativo que pode estar deflagrando um processo de sensemaking, por meio do aumento da ambiguidade entre o conhecimento necessário dos colaboradores e o atual (gap de conhecimento). Para diminuir a ambiguidade, líderes intermediários e colaboradores empreendem um processo de sensemaking em que podem ser evidenciadas características das sete propriedades de sensemaking; evidenciou-se, ainda, que essas conversas servem como base de ação coletiva para a definição de um plano de carreira dos colaboradores envolvidos. Sugestões e limitações são especificadas ao final das considerações finais.

Biografia do Autor

Maria de Lourdes Borges, Centro Universitário La Salle - Unilasalle Canoas

Professora Pesquisadora do Mestrado Memória Social e Bens Culturais da Unilasalle (Canoas). Doutora em Administração.

Fábio Miguel Junges, UNISINOS

Graduado em Administração, Mestre em Administração, Doutorando em Administração UNISINOS

Inge dos Santos Christmann, UNILASALLE

Bolsista de Iniciação Científica UNILASALLE

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Publicado

2013-09-30

Edição

Seção

Artigos