Cuidando do cuidador: espaços de comunicação e cuidado em equipe

cuidando do cuidador

Autores

  • Rosane da Silva Motta CESUCA
  • Loiva Leite CESUCA

DOI:

https://doi.org/10.18316/cippus.v12i2.11397

Palavras-chave:

centro de atenção psicossocial, paralisia cerebral, cuidador

Resumo

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço público de saúde mental de caráter aberto e comunitário, atendendo usuários com sofrimento psíquico ou transtorno mental, assim como casos de dependência química, dividindo-se em modalidades distintas. Este estudo tem como objetivo apresentar a intervenção realizada junto aos profissionais em CAPS II, de um município da região metropolitana de Porto Alegre, realizada no período de Estágio Curricular Básico II, no Serviço-Escola de Psicologia do Centro Universitário Cesuca, no primeiro semestre de 2023. A intervenção tinha como propósito conhecer as demandas dos profissionais em relação ao trabalho em saúde mental, o relacionamento em equipe, os sofrimentos manifestos, quais as estratégias que desenvolviam para o próprio cuidado e quais as expectativas em relação ao futuro profissional. A proposta de intervenção partiu da coordenação de saúde mental do município diante das inúmeras dificuldades que a equipe estava vivenciando em relação às demandas que chegavam ao CAPS. Dificuldades estas relativas a sobrecarga de trabalho e aos relacionamentos conflitivos entre os profissionais. Os encontros foram realizados mensalmente, nos dias das reuniões de equipe, com duração de duas horas. Nos encontros iniciais utilizou-se dinâmicas que visavam a auto apresentação dos profissionais, assim como o nível de conhecimento que tinham dos colegas. Posteriormente, as dinâmicas propunham desenvolver a autoconsciência, empatia e habilidade de se comunicar de forma autêntica e honesta, produzindo mais qualidade para a comunicação, sem julgamentos ou críticas destrutivas. Foi possível observar que o sofrimento cotidiano vivenciado nos acolhimentos acarretava sobrecarga de trabalho, visto que a resolutividade das demandas nem sempre são de pronta resposta e requerem um investimento a médio e longo prazo. Constatou-se que as intervenções eram uma forma de cuidado aos profissionais, além de contribuir para a construção de relações mais saudáveis e respeitosas.

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Publicado

2024-12-03

Edição

Seção

Artigos