Saberes da tradição Amazônicos sobre plantas e ervas nas aulas de ciências nos anos iniciais

Autores

  • Esmeraldo Tavares Pires Universidade Federal do Pará
  • Carlos Aldemir Farias da Silva Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v26i1.7554

Palavras-chave:

Ensino de Ciências nos Anos Iniciais, Prática Docente, Escola Ribeirinha, Plantas e Ervas, Saberes da Tradição.

Resumo

A prática docente assume papel fundamental em qualquer nível e modalidade de ensino e deve espelhar o contexto sociocultural vivido pelos estudantes, sobretudo em escolas ribeirinhas, nas quais o universo é plural e as ações docentes devem funcionar como uma forma de mediação da cultura e, consequentemente, da identidade do povo campesino, pois não há como pensarmos em uma educação relevante sem considerarmos os elementos culturais nos quais estudantes e professores estão imersos (FARIAS; MENDES, 2014). Desse modo, objetivamos descrever, de maneira reflexiva, o desenvolvimento da prática docente plantas e ervas durante as aulas de Ciências de uma professora ribeirinha em Ponta de Pedras, Ilha de Marajó, Amazônia paraense. Os procedimentos metodológicos centraram-se na entrevista compreensiva (KAUFMANN, 2013), em observações em sala de aula durante nove meses (VIANNA, 2003), e na análise textual discursiva (MORAES; GALIAZZI, 2007). Concluímos que o trabalho docente direcionado às escolas ribeirinhas permite uma análise mais abrangente do contexto escolar, pois as práticas docentes transcendem o espaço físico ao acolher os saberes socioculturais ribeirinhos. Assim, a prática plantas e ervas permitiu compreender o significado que a professora atribui à sua cultura e como acolhe os saberes da tradição em suas aulas, de modo a fortalecer a identidade dos estudantes ribeirinhos, o que permite reafirmar os princípios éticos da educação em prol de uma sociedade múltipla e diversa.

Biografia do Autor

Esmeraldo Tavares Pires, Universidade Federal do Pará

Doutorando em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM), na Universidade Federal do Pará-UFPA. Mestre em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM) pela Universidade Federal do Pará-UFPA. Graduado pela Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemáticas e Linguagens (LIECML) pela Universidade Federal do Pará-UFPA. Membro do GPSEM-UFPA. 

Carlos Aldemir Farias da Silva, Universidade Federal do Pará

Doutor em Ciências Sociais (Antropologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor da UFPA, onde atua no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemáticas. Vice-líder do GPSEM-UFPA.

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Publicado

2021-04-07

Edição

Seção

Artigos