A trajetória dos documentos integralistas no Rio Grande do Sul

Autores

  • Leandro Pereira Gonçalves Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Gabriela Santi Pacheco Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.18316/mouseion.vi45.11445

Resumo

 Após a concepção da maior organização fascista extraeuropeia na década de 1930, que se deu a partir da Ação Integralista Brasileira (AIB) e foi posta na ilegalidade em 1937, o integralismo passou por diversas rearticulações: houve a reestruturação no período democrático com o Partido de Representação Popular (PRP) (1945-1965), a inserção dos integralistas no golpe que deu início a ditadura civil-militar de 1964 e o seu ingresso no partido de sustentação do regime, Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e, por fim, a ascensão de grupos neointegralistas na atualidade e as suas relações com o bolsonarismo. O movimento atravessou o século XX na política brasileira, com algumas de suas ideias vigentes ainda na contemporaneidade Desse modo, há uma considerável produção acadêmica e pública sobre o integralismo, sendo a conservação e a disponibilização de documentos um fator contribuinte para o aumento no número de investigações. Em vista disso, este artigo tem como objetivo analisar a trajetória da documentação integralista no Rio Grande do Sul, que é uma das mais ricas, tendo em vista a conservação documental que ocorreu por parte de antigos integralistas, no âmbito da Associação Cívico-Cultural Minuano (ACCM) e do Centro de Documentação sobre a Ação Integralista Brasileira e o Partido de Representação Popular (CD-AIB/PRP). Busca-se observar o processo de concepção do acervo, bem como as políticas de organização e preservação que deram origem, posteriormente, ao Acervo Documental Ação Integralista Brasileira/Partido de Representação Popular – Espaço de Documentação e Memória Cultural da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (AIB/PRP-DELFOS-PUCRS).

Biografia do Autor

Leandro Pereira Gonçalves, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com atuação no Programa de Pós-Graduação em História. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Pesquisador FAPEMIG. Foi Professor do Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com estágio (junior visiting fellowship) no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e com pós-doutoramento pela Universidad Nacional de Córdoba (Centro de Estudios Avanzados/Argentina). Coordenador da Rede de Investigação Direitas, História e Memória. Compõe o Conselho Administrativo da International Association for Comparative Fascist Studies (ComFas). E-mail: leandro.goncalves@ufjf.br

Gabriela Santi Pacheco, Universidade de Coimbra

Doutoranda em Estudos Contemporâneos no Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra. Bolsista da Fundação para a Ciência e a Tecnologia  (FCT). Mestra em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), e bacharela em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Investigadora associada e secretária da Rede de investigação Direitas, História e Memória. Integra a International Association for Comparative Fascist Studies (ComFas) e o projeto História da Ditadura. E-mail: gabriela.pacheco@uc.pt

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Publicado

20-12-2024

Edição

Seção

Artigos / Ensaios