A trajetória dos documentos integralistas no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.18316/mouseion.vi45.11445Resumo
Após a concepção da maior organização fascista extraeuropeia na década de 1930, que se deu a partir da Ação Integralista Brasileira (AIB) e foi posta na ilegalidade em 1937, o integralismo passou por diversas rearticulações: houve a reestruturação no período democrático com o Partido de Representação Popular (PRP) (1945-1965), a inserção dos integralistas no golpe que deu início a ditadura civil-militar de 1964 e o seu ingresso no partido de sustentação do regime, Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e, por fim, a ascensão de grupos neointegralistas na atualidade e as suas relações com o bolsonarismo. O movimento atravessou o século XX na política brasileira, com algumas de suas ideias vigentes ainda na contemporaneidade Desse modo, há uma considerável produção acadêmica e pública sobre o integralismo, sendo a conservação e a disponibilização de documentos um fator contribuinte para o aumento no número de investigações. Em vista disso, este artigo tem como objetivo analisar a trajetória da documentação integralista no Rio Grande do Sul, que é uma das mais ricas, tendo em vista a conservação documental que ocorreu por parte de antigos integralistas, no âmbito da Associação Cívico-Cultural Minuano (ACCM) e do Centro de Documentação sobre a Ação Integralista Brasileira e o Partido de Representação Popular (CD-AIB/PRP). Busca-se observar o processo de concepção do acervo, bem como as políticas de organização e preservação que deram origem, posteriormente, ao Acervo Documental Ação Integralista Brasileira/Partido de Representação Popular – Espaço de Documentação e Memória Cultural da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (AIB/PRP-DELFOS-PUCRS).
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