A trajetória histórica das ações afirmativas em uma universidade pública brasileira
DOI:
https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i28.4093Palavras-chave:
Ações Afirmativas, Universidade Pública Brasileira, Dependência de TrajetóriaResumo
A trajetória de uma organização interfere na forma como ela organiza seus recursos e dá respostas a necessidades impostas por agentes internos e externos. Este artigo apresenta uma discussão sobre a trajetória de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública brasileira em relação às políticas de ações afirmativas. As ações afirmativas podem ser entendidas como um conjunto de políticas públicas que tem como objetivo, a médio ou longo prazo, dar igualdade de acesso à oportunidade de emprego e educação a um grupo de pessoas historicamente desfavorecido. Por meio de políticas de cotas ou reserva de vagas, as IES públicas respondem, desde 2012, a uma lei federal que obriga a reserva de 50% de todas as vagas para estudantes oriundos de escolas públicas, com renda per capita inferior a um salário mínimo e meio, e para estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (BRASIL, 2012). Sendo assim, este artigo busca analisar a trajetória da Universidade Federal do Mato Grosso em relação a adoção das políticas de ações afirmativas. Para tanto, é utilizada a lente teórica da dependência de trajetória (TEECE et al., 1997). Como contribuições, destacam-se a importância da IES de reconhecer a sua trajetória em relação às ações afirmativas, todas as iniciativas que trouxeram resultados favoráveis, bem como os entraves e obstáculos. A abordagem da dependência de trajetória enfatiza a importância de aprender com os erros, e destaca que as organizações podem alterar trajetórias mal sucedidas não se tornando reféns delas.
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