Os acessos à Alhambra: incidência na sua leitura e gestão patrimonial
DOI:
https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i29.4697Palavras-chave:
Alhambra, Acessos, Proteção do Patrimônio, Acolhida de Visitantes, Visitação PúblicaResumo
A Alhambra vem mantendo, desde sua origem, uma estreita relação com Granada, configurando-se como uma cidade palaciana no interior desta, e sem perder sua dimensão habitada até sua declaração como Monumento Nacional no século XIX. Há diversos fatores relacionados à transformação da Alhambra até sua caracterização definitiva e uso como patrimônio cultural protegido, carente de urbanização e dedicado à fruição e visitação pública. No entanto, um deles raramente é enfatizado: o efeito que a entrada atual da maioria dos visitantes por um acesso não histórico teve sobre a compreensão geral do local e seu território. O objetivo deste artigo é, portanto, refletir sobre as atuais tensões e interações entre o Conjunto Monumental e seu contexto, aprofundando-se em uma questão de grande importância: a evolução no acesso a Alhambra e sua incidência na leitura e compreensão do monumento, bem como sua proteção e a acolhida aos visitantes. Para isso, são analisadas, em primeiro lugar, as mudanças observadas no que diz respeito às formas de acesso ao longo da história, o fechamento gradativo de suas portas históricas e a abertura de dois vãos no recinto amuralhado que, atualmente, são utilizados, principalmente, para visitação pública. Em segundo lugar, avaliam-se como as atuais entradas dificultam a compreensão da Alhambra como uma cidade palaciana fortificada, cujo acesso, no passado, era por diversas portas conectadas a diferentes bairros de Granada, com os quais perdeu a valiosa relação territorial historicamente existente. E, em terceiro lugar, aprofunda-se na incidência que a gestão e recepção de visitantes tiveram e têm no atual modelo de visitação pública e nas soluções que o próprio Patronato da Alhambra propôs para melhorar os problemas aqui levantados. A análise conjunta desses aspectos é a base para expor, na última seção, algumas conclusões e propostas em que se poderia investigar, no futuro, para abordar formas alternativas de acesso que melhorem a sua compreensão global e a sempre conflitante relação com Granada.
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