Museus e espaços de memória – representações do Brasil a partir da Guerra do Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i34.5827Palavras-chave:
Guerra do Paraguai, Museus, Espaços de Memória, Representações SociaisResumo
Este artigo tem como propósito apresentar as análises e resultados obtidos a partir do desenvolvimento de duas pesquisas cujo objetivo em comum foi conhecer, a partir da temática da Guerra do Paraguai, como o Brasil e os brasileiros estão sendo representados em museus e espaços de memória no Paraguai e no Uruguai. A partir da perspectiva teórica de Serge Moscovici, da Teoria das Representações Sociais, foram analisadas as seguintes instituições escolhidas para os estudos: o Panteão Nacional dos Heróis e o Instituto de História e Museu Militar, localizados na cidade de Assunção, no Paraguai, e o Museu Histórico Nacional do Uruguai e o Museu Histórico Cabildo de Montevideo, ambos situados na capital uruguaia. A metodologia utilizada foi a de análise de conteúdo, tanto das exposições através de visitas de campo quanto das informações e dados coletados, aliados a uma revisão da literatura sobre o tema. Dos resultados encontrados, destaca-se no Paraguai uma representação social muito forte de valorização e enaltecimento dos heróis que lutaram e deram a vida pela pátria durante o conflito. Já no Uruguai, constatou-se que a Guerra é entendida como um episódio da história do país cuja representação social é marcada por certa negatividade e arrependimento pela participação no conflito. Em um paralelo comum, destaca-se em ambos os países uma culpabilização do Brasil pelos acontecimentos, observada especialmente nas entrelinhas e ausências dos discursos nos quais as representações sociais se manifestam.
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