A memória ancestral como elemento identitário na poesia de Hugo Jamioy Juagibioy

Autores

  • Leandro Faustino Polastrini Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
  • Mário Cezar Silva Leite Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i38.8515

Palavras-chave:

Memória, ancestralidade, identidades, poesia indígena colombiana

Resumo

Consideramos que a memória ancestral indígena é também elemento de reafirmação de identidades, essas memórias são transmitidas há séculos, de geração a geração, por sistemas orais, de educação coletiva, de integração entre homem e natureza. A partir dessas premissas, propusemos este trabalho que faz parte da pesquisa de doutorado em andamento intitulada: Representações, contraposições e poder na literatura indígena brasileira e na literatura indígena colombiana, no Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea pela na Universidade Federal de Mato Grosso - Campus de Cuiabá. Para este artigo temos como objetivo central evidenciar aspectos temáticos que representem a memória e ancestralidade como elementos identitários latentes na poética do escritor indígena colombiano Hugo Jamioy Juagibioy, que se autodenomina Camuents?a, um povo que está localizado na região do Vale de Sibundoy no departamento de Putumayo - Colômbia. A base metodológica deste trabalho é de cunho bibliográfica, portanto, foram selecionados alguns poemas do livro Danzantes del viento: poesía bilingüe (2010) que compuseram as análises, além de uma revisão teórica sobre os conceitos: memória, ancestralidade e identidades. Concluímos que a poética de Juagibioy traz a luz as vozes indígenas que também chegam aos não indígenas, evidenciando o quanto estes andam longe e desprovidos de seu tempos-lugares ancestrais e o quanto ainda negam suas raízes.

Biografia do Autor

Leandro Faustino Polastrini, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Graduado em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso e mestre em Estudos de Linguagem (área de concentração Estudos Literários) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com o tema: Transculturação e identidade na obra de Daniel Munduruku (2011), que foi publicada em livro no formato digital em 2019 pela Editora Fi. Atualmente, cursa doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT com a pesquisa: Representações, contraposições e poder na literatura indígena brasileira e na literatura indígena colombiana. Está como professor assistente na área de Língua Espanhola no curso de Letras da Unemat ? Campus de Alto Araguaia.

 

Mário Cezar Silva Leite, Universidade Federal de Mato Grosso

É professor Titular do Departamento de Letras/IL da Universidade Federal de Mato Grosso. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (1987), mestrado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (1995), doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000) e estágio de Pós doutoramento em Estudos de Literaturas Comparadas no DLCV, FFLCH, da Universidade de São Paulo (2005-2006), sob a supervisão de Benjamin Abdalla Jr.; Estágio Pós-doutoral em Memória Social e Bens Culturais (fev.2016-fev.2017), no PPG em Memória Social e Bens Culturais da UNILASALLE, Canoas-RS, sob a supervisão de Zilá Bernd. Foi um dos criadores do Programa em Estudos de Linguagem/IL/UFMT (2003). Também foi um dos criadores do Programa em Estudos de Cultura Contemporânea-ECCO/UFMT (2007) onde atua como professor-orientador nas Linhas de Pesquisa Poéticas Contemporâneas e Epistemes Contemporâneas.

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Publicado

2021-09-08

Edição

Seção

Dossiê