Questionando históricos: a política preservacionista de Ouro Preto-MG sob o viés do planejamento urbano nacional

Autores

  • Lízia Agra Villarim

DOI:

https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i39.9071

Palavras-chave:

Planificação Urbana, Salvaguarda Patrimonial, Legislação Preservacionista, Patrimônio Cultural Mundial

Resumo

Um contexto problemático devido a tendências e posturas questionáveis, entre as quais a hegemonia do discurso de uma elite urbana herdada do período colonial, somado ao rápido crescimento das cidades pela sua importância econômica, reflexos da ampliação das articulações mercantis capitalistas, marcam a formação do Planejamento Urbano Nacional. Cujo modelo de administração fortaleceu as desigualdades sociais e regionais. Nesse primeiro momento, pela atuação do Estado Novo, grupo político onde se destacavam intelectuais modernistas, o campo em formação carregava seus ideias, tais como a postura de modernização das estruturas administrativas e urbanas, mas especialmente, a busca pela construção da identidade nacional, o que se tornou o guia desse período. Essa fase também coincide com o começo da política de preservação nacional e o reconhecimento do primeiro bem patrimonial brasileiro, a cidade de Ouro Preto. Contradições que nos levam a indagar: quais os impactos do planejamento urbano nas políticas preservacionistas de Ouro Preto, visto que os campos foram conformados quase simultaneamente e a cidade foi o primeiro bem patrimonial de escala urbana reconhecido no Brasil? Nosso questionamento parte do fato de não haver referências ou exemplos locais a seguir, além disso, muitos dos procedimentos e posturas empreendidos, como o tombamento, acabaram conformando diretrizes que continuam em utilização. Sendo assim, temos por objetivo apresentar os impactos do planejamento urbano nacional nas políticas preservacionistas da cidade de Ouro Preto, buscando entender a repercussão, em termos de ações e projetos conservacionistas.

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Publicado

2021-11-04

Edição

Seção

Dossiê