Município de Cubatão, território manchado: poluição e a mídia de massa

Autores

  • Francisco Rodrigues Torres Universidade Estadual de Campinas
  • André Munhoz Argollo Ferrão Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i41.9230

Palavras-chave:

Memória social, identidade, cidade, patrimônio cultural, urbanismo

Resumo

O nome “Cubatão” desperta no ouvinte, principalmente aqueles que já possuem mais de quatro décadas de idade, lembranças de reportagens divulgadas em período compreendido entre as décadas de l970 e 1980. Invariavelmente vem à memória termos que associavam a cidade à poluição ambiental, riscos de contaminação. O presente artigo pretende refletir sobre o estigma que paira sobre Cubatão, Estado de São Paulo, como o “Vale da Morte” a partir do trabalho de Lúcia da Costa Ferreira. Faz-se necessário examinar tal questão sob o enfoque dos meios de comunicação, os “mass media”, através dos quais houve a sedimentação da informação no imaginário popular, mesmo decorridas várias décadas. Isto permitirá entender alguns mecanismos na formação da memória coletiva cubatense que, em decorrência dos fatos apresenta características de baixa autoestima, o que repercute no próprio sentimento de pertencimento. Além disto, pretende realçar que a “memória coletiva” – construída através da mídia impressa, rádio e televisão – referenciou a cidade como território de poluição permanente e se apoia nos conceitos de Pierre Nora e Marshall McLuhan.

Biografia do Autor

Francisco Rodrigues Torres, Universidade Estadual de Campinas

Historiador, Mestre em História Social (FFLCH-USP), Doutorando no Programa de Pós-graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (IG-Unicamp).

André Munhoz Argollo Ferrão, Universidade Estadual de Campinas

Professor Livre Docente do Departamento de Recursos Hídrcios da Fecfau-Unicamp. Professor do Programa de Pós-graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (IG-Unicamp). Coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres (Ceped-Unicamp). Pesquisador do Cepagri-Unicamp.

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Publicado

17-05-2022

Edição

Seção

Dossiê