A Praça da Matriz de Laguna/SC: de Campo Santo a palco mundano

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DOI:

https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i40.9247

Palavras-chave:

Documento histórico e paisagístico, patrimônio cultural, monumento vivo, Jardim Calheiros da Graça, Praça Vidal Ramos

Resumo

Laguna constitui a terceira cidade mais antiga de Santa Catarina, considerada oficialmente fundada em 1676 com a posse das terras pelo colonizador Domingos Peixoto. Este manda erguer a Cruz do Cristianismo e, em 1696, uma singela Capela e seu adro, a área sagrada não construída à frente do edificado sacro, consagrando o lugar e explicitando a vitória lusa e católica. A edificação da Igreja Matriz é sucessivamente ampliada e reformada; o Campo Santo, diminuído e melhorado, saneado e embelezado, convertendo-se no mais importante espaço público da urbe: torna-se a principal praça, locus da sociabilidade lagunense - da exibição da mais abastada "lagunidade". A Praça da Matriz, abrangendo atualmente o Jardim Calheiros da Graça e a Praça Vidal Ramos, testemunha transformações e permanências no berço citadino, da elevação da vila colonial e da cidade republicana ao tombamento do Centro pelo Iphan, instituído em 1985. Logo, almeja-se reconhecer a Praça da Matriz como documento histórico e paisagístico e como patrimônio cultural de Laguna. A consecução desse objetivo recorre aos métodos histórico e estudo de caso, incluindo a coleta de dados, através da documentação indireta (averiguação de fontes primárias e revisão de referencial bibliográfico) e da documentação direta (observação durante levantamentos in loco). Ademais, emprega-se o método hipotético-dedutivo, posto que se defende a hipótese de que, embora ocorra a separação entre Estado e Igreja no final do século XIX no Brasil, a Praça da Matriz ratifica, como legado histórico, paisagístico e cultural, a Laguna originada e conservada como cidade portuguesa e católica.

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Publicado

2021-12-30

Edição

Seção

Dossiê