A arquitetura do café na terra da uva: fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Jundiaí (SP)
DOI:
https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i40.9372Palavras-chave:
Patrimônio, memória, imigração, cafeicultura, viticultura, históriaResumo
Até a sua chegada na terra da uva, o café percorreu uma longa trajetória da Etiópia até a “boca do sertão”, apelido centenário da cidade de Jundiaí. A cidade consolidou-se por suas lavouras de subsistência, e tal característica, não permitiu estabelecerem-se grandes propriedades de terra de monocultura por longo tempo, resultando em seu desmembramento territorial, e consequente perda de população, para cidades como Campinas e Mogi-Mirim. Durante esse período, no qual, as lavouras de cana-de-açúcar entram em declínio, Jundiaí não foge à regra e timidamente inicia a produção de café. A uva só chegará com a imigração italiana. Da produção canavieira, passando pelo plantio do café e depois para o plantio da uva, a história retrata a presença da força de trabalho de índios perseguidos, mais tarde de escravizados negros, e por último, a chegada dos imigrantes europeus com ênfase na imigração italiana. A fazenda Nossa Senhora da Conceição foi palco de uma grande sequência de fatos históricos, ambientando esse tempo de evolução do povo de Jundiaí. Este artigo resgata essa sucessão de fatos, estabelecendo relações que permitem uma reflexão deste tempo passado e suas consequências para o presente.
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