DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA CANA-DE-AÇÚCAR EM RELAÇÃO AO USO DA TERRA E AO ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA CANA NO ESTADO DE GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.18316/1981-8858.16.26Palavras-chave:
Etanol, Ordenamento Territorial, Uso e Ocupação Sustentável, SIG, ZAE Cana.Resumo
Desde as últimas décadas, a indústria sucroalcooleira brasileira vem conquistando notoriedade no cenário do agronegócio internacional. O estado de Goiás, situado no bioma Cerrado, é o segundo maior produtor de etanol do Brasil e um dos mais ameaçados pelo avanço agropecuário. Antes de 2009, o país não possuía políticas agrícolas e ambientais relacionadas ao ordenamento territorial da agroindústria da cana-de-açúcar. Por consequência, ocorreram modificações na paisagem, resultantes da substituição de outros usos para o cultivo da cana-de-açúcar. Nesse contexto, objetivou-se quantificar a distribuição territorial da cana-de-açúcar em relação ao uso da terra e ao Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar (ZAE Cana), antes e após sua implementação, durante o período de 2006 e 2012 no Estado de Goiás. Utilizando o software ArcGIS, os resultados mostraram que, entre 2005 a 2012, as áreas plantadas com cana-de-açúcar cresceram 302%. Entre 2006-2008, a expansão ocorreu preferencialmente sobre as áreas de agricultura e, após 2010, sobre as de pastagem. A partir de 2010, 87% do plantio foi realizado nas áreas aptas do ZAE Cana, e 13%, fora do ZAE Cana. No ZAE Cana, a expansão ocorreu sobre as áreas de agricultura. Fora do ZAE Cana, o plantio incidiu preferencialmente sobre as áreas de pastagem, seguido pelas de agricultura e de remanescentes de vegetação nativa. Em 2012, as áreas remanescentes de vegetação nativa perderam 22% de sua área para a expansão da cana-de-açúcar. O ZAE Cana proporcionou formas para o ordenamento territorial da cana-de-açúcar, mas ainda é necessário que haja monitoramento para evitar a expansão fora do zoneamento.
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