ESTRUTURA POPULACIONAL DE Aegla grisella BOND-BUCKUP & BUCKUP, 1994 (CRUSTACEA, AEGLIDAE) DO PERAU DE JANEIRO, ARVOREZINHA, RS, BRASIL

Autores

  • Norton Dametto Centro Universitário UNIVATES
  • Samantha Seixas
  • Eduardo Périco Centro Universitário UNIVATES

DOI:

https://doi.org/10.18316/rca.v12i2.3732

Palavras-chave:

Dinâmica Populacional, Invertebrados Bentônicos, Anomura

Resumo

Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994, encontra-se na lista das espécies ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul como vulnerável, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O objetivo do trabalho é compreender a dinâmica populacional de A. grisella, através da definição do período reprodutivo, distribuição temporal das classes de tamanho, abundância e distribuição mensal conforme o sexo. Foram coletados espécimes de A. grisella de agosto de 2014 a julho de 2015 em um afluente do rio Forqueta, RS. Foram obtidas as medidas do comprimento do cefalotórax (CC), e a sexagem foi feita observando a presença ou a ausência de pleópodos. Foram amostrados 1377 indivíduos de A. grisella. O CC (em mm) variou de 5,08 a 36,14 (x=13,5 ± 5,57) em machos; 4,19 a 37,96 (x=15,4 ± 5,07) em fêmeas; e 12,46 a 35,49 (x=20,3 ± 5,32) em fêmeas ovígeras. Segundo o CC, fêmeas são significativamente maiores que machos (p<0,0001). Com relação ao sexo, foram observadas flutuações ao longo do ano, mas ambos foram mais frequentes na primavera e no verão. A razão sexual foi 0,9:1 machos/fêmeas, sem diferença significativa (X² = 7,122; p = 0,6244). A abundância foi unimodal para ambos os sexos, com a classe de tamanho de 12-14 mm mais frequentes para machos e 14-16 mm para fêmeas. Ocorre uma tendência, não significativa (G = 12,9811; p = 0,1635), de uma maior abundância de machos, em intervalos de classes inferiores, e de fêmeas, em intervalos de classes superiores. Fêmeas ovígeras foram mais abundantes na primavera e juvenis no outono e no inverno.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Artigos