ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA REGIÃO SUL DO BRASIL

Autores

  • Fernanda Maia Justo
  • Gabriel Selbach Hofmann
  • Mauricio Pereira Almerão Universidade La Salle

DOI:

https://doi.org/10.18316/rca.v13i3.6233

Palavras-chave:

Invasões Biológicas, Áreas Protegidas, Gestão Ambiental.

Resumo

As Espécies Exóticas Invasoras (EEIs) têm se tornado foco das principais estratégias conservacionistas internacionais, devido aos diferentes impactos ambientais negativos que causam e que podem causar em curto, médio e longo prazos. A presença de EEIs em Unidades de Conservação (UCs) tem sido constatada em diferentes regiões do mundo e as consequências podem ser devastadoras. O Brasil, país com ~2.300 UCs, possui, atualmente, ~460 EEIs registradas, sendo muitas destas em UCs. Apesar destes registros, os estudos sobre a temática focam em levantamento pontual de espécies em UCs e não exploram questões relacionadas à gestão da problemática. O objetivo do estudo foi realizar um diagnóstico sobre a presença de EEIs em UCs federais e estaduais da Região Sul, bem como avaliar questões relacionadas à gestão ambiental. Para tanto, duas abordagens metodológicas foram utilizadas: i) registro de EEIs em Planos de Manejo (PMs) (complementado pelo relato dos gestores); ii) questionário temático aplicado aos gestores. Foram identificadas 87 EEIs com 770 registros em UCs na Região Sul do Brasil, das quais 54% e 46% foram espécies de plantas e animais respectivamente. Todos os gestores confirmaram a presença de alguma EEI em suas unidades, apesar de poucos identificarem estas como um dos principais problemas de gestão de suas unidades. Poucas estratégias específicas para o manejo de EEIs foram identificadas, sendo as poucas existentes direcionadas, em sua maioria, para espécies de plantas. Existem desafios evidentes, presentes e futuros, na gestão de EEIs em UCs que necessitam ser enfrentados pelos órgãos ambientais.

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Publicado

2019-12-19

Edição

Seção

Artigos