NÍVEL DE INFORMAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO MUNICÍPIO DE SOLEDADE SOBRE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA LEGAL

Autores

  • Maria José Nascimento da Costa Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Botucaraí-Soledade
  • Fabiane Wiederkehr Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Sananduva
  • Daniela Muller de Lara Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Botucaraí-Soledade
  • Marta Martins Barbosa Prestes Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Botucaraí-Soledade

DOI:

https://doi.org/10.18316/rca.v15i3.7603

Palavras-chave:

Crimes ambientais. Zona rural. Recursos naturais.

Resumo

Os danos ambientais provocados por atividades antrópicas têm sido motivo de alerta pela comunidade científica, pois a alta pressão de exploração sobre os recursos naturais, agravada pela poluição crescente, tem causado a destruição dos ecossistemas, com reflexos imediatos sobre o equilíbrio ambiental e a saúde e bem-estar das pessoas. O objetivo deste trabalho foi confrontar a ocorrência de crimes ambientais registrados formalmente e o nível de informação dos produtores rurais sobre as áreas de preservação em suas propriedades no município de Soledade (RS). Para tanto, os registros de crimes ambientais foram consultados no Departamento Municipal do Meio Ambiente e aplicou-se um questionário aos agricultores. O questionário foi respondido por 91 pessoas, sendo 67 homens e 24 mulheres, com faixa etária entre 33 e 63 anos. Destes, 91,2 % declararam possuir áreas de preservação permanente em suas propriedades (73 banhados, 69 sangas, 11 nascentes e 6 rios), sendo que 64,8 % realizaram licenciamento de alguma atividade na propriedade. A ocorrência de crimes ambientais em propriedades vizinhas foi apontada por 62,6 % dos produtores, totalizando 344 infrações. No Departamento do Meio Ambiente de Soledade, foram registradas 114 denúncias entre 2012 e 2018, indicando uma diferença entre a ocorrência efetiva dos crimes ambientais e a realização formal da denúncia.  A falta de informação e o desconhecimento dos produtores quanto as verdadeiras consequências do manejo inadequado dos recursos naturais sob sua custódia, põe em risco a manutenção desses recursos a longo prazo.

Biografia do Autor

Maria José Nascimento da Costa, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Botucaraí-Soledade

Engenheira Ambiental - Pos-graduada em Gestão e Sustentabilidade Ambiental

Fabiane Wiederkehr, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Sananduva

Geóloga, Professora Dra. na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Sananduva.

Daniela Muller de Lara, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Botucaraí-Soledade

Química, Professora Dra. na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Botucaraí-Soledade.

Marta Martins Barbosa Prestes, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Botucaraí-Soledade

Bióloga, Professora Dra. na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Botucaraí-Soledade.

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Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

Artigos