Políticas públicas e aprendizagem para o financiamento da economia criativa: uma pesquisa com candidatos a prefeito

Autores

  • Leonardo Flach Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.18316/1371

Palavras-chave:

Aprendizagem organizacional, cultura, financiamento estatal, economia criativa, políticas públicas

Resumo

Este artigo tem por objetivo caracterizar a economia criativa e seus modos de aprendizagem a partir da ótica do fomento financeiro estatal. Inicialmente, apresenta-se a articulação entre o fomento financeiro estatal e a aprendizagem organizacional a partir da lente cultural. Em seguida, são identificados o conceito e características da economia criativa. Com base em um estudo qualitativo, foram realizadas entrevistas com os candidatos a prefeito de uma grande cidade de Santa Catarina. Os relatos foram transcritos seguindo as etapas da análise de conteúdo. Os resultados desta pesquisa apresentam as visões e ideias dos candidatos para a aprendizagem organizacional na economia criativa e cultura em âmbito municipal.

 

Biografia do Autor

Leonardo Flach, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutor em Administração (UFRGS) com doutorado sanduíche na Freie Universität Berlin; Professor do Programa de Graduação, Mestrado e Doutorado em Contabilidade (UFSC).

Referências

ADORNO, Theodor Wiesengrund; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Tradução de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Portugal, Lisboa: Edições 70, 1977.

BENDASSOLLI, Pedro; WOOD JR., Thomaz; KIRSCHBAUM, Charles; CUNHA, Miguel Pina. Indústrias criativas: definições, limites e possibilidades. Revista de Administração de Empresas, v. 49, n. 1, p. 10-18, 2009.

BENDASSOLLI, Pedro F.; WOOD JR., Thomaz. O paradoxo de Mozart: carreiras nas indústrias criativas. Organizações & Sociedade (Impresso), v. 17, n. 53, p. 259-277, 2010.

BUCCI, Maria Paula Dallari. Direito Administrativo e Políticas Públicas. São Paulo: Saraiva, 2002.

CAVES, Richard E. Creative industries. Cambridge: Harvard University Press, 2000.

COOK, Scott D. N.; YANOW, Dvora. Culture and organizational learning. In: COHEN, Michael D.; SPROULL, Lee S. Organizational learning. California: Sage Publications, 1996.

CHRISPINO, Álvaro; DUSI, Miriam Lucia Herrera Masotti. Uma proposta de modelagem de política pública para a redução da violência escolar e promoção da Cultura da Paz. Revista Ensaio: avaliação de políticas públicas educacionais, v.16, n. 61, p. 597-624, 2008.

DCMS (Department for Culture, Media and Sport). Creative industries mapping document. Disponível em: http://www.culture.gov.uk/global/publications/archive_1998/Creative_Industries_Mapping_Document_1998.htm . Acesso em 01 out 2012.

DURAND, José Carlos. Cultura como objeto de políticas públicas. São Paulo Perspectiva, v. 15, n. 2, p. 66-72, 2001.

FARIA, Hamilton. O desenvolvimento cultural como desafio: desenvolvimento cultural e plano de governo. São Paulo: Polis, 2000.

FLACH, Leonardo; ANTONELLO, Claudia Simone . Improvisation and learning processes in organizations: a metaphor applying the Brazilian Rhythm Choro. Organizações & Sociedade (Impresso), v. 18, p. 661-679, 2011a.

FLACH, Leonardo; ANTONELLO, Claudia Simone . Organizações culturais e a aprendizagem baseada em práticas. Cadernos EBAPE.BR (FGV), v. 9, p. 155-175, 2011b.

FREITAS, Verlaine. Indústria cultural: o empobrecimento narcísico da subjetividade. Kriterion, Belo Horizonte, v. 46, n. 112, 2005.

FRIEDMAN, Victor J.; LIPSHITZ, Raanan; OVERMEER, Wim. Creating conditions for organizational learning. In: DIERKES, Meinolf; ANTAL, Ariane Berthoin; CHILD, John; NONAKA, Ikujiro. Handbook of organizational learning and knowledge. Oxford University Press, 2003.

GIBSON, Chris; KLOCKER, Natasha. The 'Cultural Turn' in Australian regional economic development discourse: neoliberalising creativity? Geographical Research, v. 43, n. 1, p. 93-102, 2005.

GUDOLLE, Lucas Socoloski; ANTONELLO, Claudia Simone; FLACH, Leonardo. Aprendizagem situada, participação e legitimidade nas práticas de trabalho. RAM. Revista de Administração Mackenzie, v. 13, p. 14-39, 2012.

HOWKINS, John. The Creative Economy: How People Make Money From Ideas. London: Allen Lane, 2001.

HOWKINS, John. The mayor's commission on the creative industries. In: HARTLEY, J. (Ed), Creative Industries. London: Blackwell, 2005. p.117-125.

IANNI, Octávio. A ideia de Brasil moderno. São Paulo: Brasiliense, 2004.

JEFFCUTT, Paul. Management and the creative industries. Studies in Culture, Organizations and Society, v. 6, n. 2, p. 123-127, 2000.

JEFFCUTT, Paul; PRATT, Andy C. Managing creativity in the cultural industries. Creativity & Innovation Management, v. 11, n. 4, p. 225-233, 2002.

JONES, Peter; COMFORT, Daphne; EASTWOOD, Ian; HILLIER, David. Creative industries: Economic contributions, management challenges and support initiatives. Management Research News, v. 27, n. 11, p. 134-145, 2004.

JOVCHELOVITCH, Sandra. Knowledge in context: representations, community and culture. New York: Routledge, 2007.

KAYWORTH, Timothy; LEIDNER, Dorothy E. Organizational culture as a knowledge resource. In: HOLSAPPLE, Clyde W. Handbook on knowledge management: knowledge matters. Springer, 2002.

LAVE, Jean; WENGER, Etienne. Situated learning: Legitimate peripheral participation. New York: Cambridge University Press, 1991.

REIS, Ana Clara Fonseca. Marketing cultural e financiamento da cultura: teoria e prática em um estudo internacional comparado. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2003. p. 1-51; 65-189.

SOARES, Tufi Machado; FERRAO, Maria Eugénia; MARQUES, Cláudio de Albuquerque. Análise da evasão no ProJovem Urbano: uma abordagem através do Modelo de Regressão Logística Multinível. Revista Ensaio: avaliação de políticas públicas educacionais, v. 19, n. 73, p. 841-860, 2011.

UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT – UNCTAD. Creative Economy. Report 2008. Geneva; New York: UNCTAD; UNDP, 2008, p. 9-16. Disponível em: http://www.unctad.org/Templates/WebFlyer.asp?intItemID=5109&lang=1.Acesso em: 03 out 2012.

VINET, Mark. Entertaiment industry. Quebec: Wandem Publishing, 2005.

VOGEL, Harold L. Entertaiment industry economics. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2004.

YIN, Robert K. Case study research: desing and methods. Londres: Sage, 2001.

Downloads

Publicado

2014-03-28

Edição

Seção

Dossiê