A LATERALIDADE: quando o atleta perde o membro dominante

Autores

  • Adelina Soares Lobo FACOS
  • Eunice Helena Tamiosso Vega FACOS

DOI:

https://doi.org/10.18316/2317-8582.16.25

Palavras-chave:

Lateralidade, Esquema corporal, Psicomotricidade, Habilidade motora

Resumo

Este artigo de revisão traz questionamentos instigantes acerca da lateralidade de um jovem atleta do salto em distância, que teve sua perna direita amputada e almeja competir com atletas olímpicos e não paralímpicos nas Olimpíadas Rio 2016. Para tanto, nosso questionamento baseou-se em consultas a entrevistas nos meios midiáticos e análise de vídeos sobre a história do jovem como atleta. Nesse contexto, a partir das discussões sobre se leva vantagem sobre os demais por impulsionar com a prótese no momento do salto ou não leva vantagem sobre os demais, resultou nas seguintes questões: no caso de um atleta olímpico de salto à distância destro amputado, sua habilidade de impulsão com a perna dominante pode ser desenvolvida com a outra perna? A provocação que fizemos neste artigo diz respeito a esse atleta paraolímpico que poderia, ao invés de usar a prótese da perna direita para a impulsão do salto à distância, usar a perna esquerda (não amputada) para reaprender a usar seu membro não dominante. Porém esse fato estaria contrariando a sua lateralidade. Afinal, o impulso na tábua de salto é considerado um momento decisivo para esta modalidade. Se o atleta impulsionasse com a perna esquerda, não amputada, sua participação com os demais atletas talvez pudesse não ser um fator de discussão no sentido de levar vantagem sobre os demais competidores não amputados. Os resultados na discussão nos levam a defender a necessidade do atleta em usar a prótese como uma extensão neural do seu membro dominante. E, quanto a ele querer competir como um atleta Olímpico, julgamos válido seu pedido, afinal o esporte e as Olimpíadas visam unir e não segregar os atletas.

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Publicado

2016-05-03

Edição

Seção

Artigos de Revisão