Memórias violentas: a persistência da vivência traumática nos vácuos do esquecimento
DOI:
https://doi.org/10.18316/1981-7207.16.41Palavras-chave:
Violência, Trauma, Circuito Repetitivo, Esquecimento, MemóriaResumo
O presente trabalho visa a refletir sobre a violência relacionada à destrutividade, enfatizando o paradoxo de que o bárbaro e o civilizado coexistem na natureza humana, sendo também considerada um dos sintomas sociais dos dias atuais, que produz circuitos repetitivos, alimentados por ódio, ressentimento e segregação. Esses circuitos persistem, dando a impressão de dificilmente serem quebrados. Com o intuito de compreender como se formam esses circuitos, realiza-se uma análise sobre a experiência traumática que, em função de seu caráter intempestivo, produz memórias violentas, especialmente provocadas pelos vácuos causados em função do esquecimento ou pelo seu oposto, e persistem em um fluxo de imagens contínuas ao longo de um tempo que se mostra como ampliação de um presente ininterrupto. Pessoas que estiveram expostas a situações de violência das mais diferentes formas ficam marcadas por estado de impotência que se traduz por monotonia. Essa condição pode ser um disparador para a prática de violência vislumbrada como possibilidade de mudança de posição subjetiva, quer dizer, trata-se de uma busca para solução da violência sofrida por intermédio de ações violentas, fazendo reverberar o circuito repetitivo.
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