Alteridade e arte contemporânea: a análise de duas exposições internacionais de arte
DOI:
https://doi.org/10.18316/717Palabras clave:
Exposições internacionais de arte, Representação cultural, América LatinaResumen
A exposição Magiciens de la Terre (Paris, 1989) marca o início de um novo olhar da cena de arte tradicional sobre as cenas não-ocidentais e a participação dos países não-centrais no campo artístico internacional. O projeto de exposição visava reunir em um só espaço, realidades estéticas múltiplas e foi considerado por muitos autores como uma etapa decisiva para o reconhecimento de uma “nova” cartografia da arte contemporânea. No Brasil uma outra exposição marca também uma transformação: a 24a Bienal de São Paulo - Antropofagia de 1998 propôs um tema de articulação entre as esferas local e global. Os dois eventos levantavam questões sobre as características culturais dos objetos de arte assim como a particularidade cultural dos agentes, artistas e dos movimentos artísticos apresentados e evocaram a construção de um discurso ideológico particular em torno da globalização das artes visuais. Intendemos, pode meio da análise dos discursos difundidos por estas exposições compreender as estratégia operadas pelas instituições e pelos agentes (curadores, críticos) na difusão de uma certa concepção de globalização e de multiculturalismo bastante ligadas à arte da América Latina.
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