ALTERAÇÕES NA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA EM UM PERÍODO DE 19 ANOS: POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS

Autores

  • Alexandre Ducatti Centro Universitário - Univates
  • Eduardo Périco UNIVATES

DOI:

https://doi.org/10.18316/1981-8858.15.4

Palavras-chave:

Ecologia de Paisagem, Métricas de Paisagem, Rio Forqueta, RS.

Resumo

Paisagens fragmentadas funcionam como ilhas de vegetação florestal e sofrem alterações nas suas características ecológicas originais. O trabalho analisa as alterações nas áreas florestadas da Bacia Hidrográfica do rio Forqueta, RS, nos anos de 1989 e 2008. A metodologia está baseada na elaboração de mapas de uso e cobertura do solo para as áreas florestadas e análise de métricas da paisagem, nos dois anos. Os resultados mostraram a regeneração da floresta em 79,9% entre 1989 e 2008. Nesse processo de incremento florestal, ocorreu a diminuição do número de fragmentos florestais em 31,1% e um aumento de 120% nas áreas centrais dos fragmentos. Os fragmentos que contribuíram significativamente para esse aumento foram os que possuem área com menos de 1 ha e de 1 a 10 ha. Ocorreu redução na distância média entre os fragmentos, porém a distância ainda é alta (> 100 m) para o fluxo de determinadas espécies. O percentual da área total da paisagem composta pelo maior fragmento apresentou um aumento de 1326%. A reorganização das áreas florestadas na bacia está ocorrendo a partir de pequenos fragmentos, provavelmente devido à regeneração de áreas de lavoura ou de pastagem. Essas alterações podem favorecer espécies de interior de mata e o surgimento de corredores que aumentam a permeabilidade da matriz e favorecem o fluxo gênico entre as espécies.

Biografia do Autor

Alexandre Ducatti, Centro Universitário - Univates

Biólogo, mestre em Ambiente e Desenvolvimento pelo Centro Universitário - Univates.

Professor do ensino médio

Eduardo Périco, UNIVATES

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), mestrado em Genética pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1997). Tem experiência na área de Ecologia de Populações e Comunidades, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia de lepidópteros e ecologia de paisagens, com ênfase em áreas fragmentadas.

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Publicado

2015-07-29

Edição

Seção

Artigos