Brachiaria sp. COMO REMEDIADORA DE ESPÉCIES METÁLICAS PERTO DE RODOVIAS EM BOTUCATU (SP)
DOI:
https://doi.org/10.18316/rca.v15i2.6963Palavras-chave:
Bioacumulação, Córrego da Cascata, Resíduos Veiculares, Sub-Bacia Hidrográfica, Translocação.Resumo
As plantas absorvem metais em solos contaminados, o que não se restringe às práticas agronômicas, mas a sua genética. Este estudo foi realizado na sub-bacia do Córrego da Cascata, em Botucatu (SP), nos cruzamentos do córrego com as Rodovias Domingos Sartori (P1) e Marechal Rondon (P2). Os objetivos foram avaliar os teores de Cd, Pb, Cu, Co, Cr, Ni, Zn e Sb encontrados em raízes e folhas de Brachiaria sp. e compará-los aos encontrados nos solos e sedimentos para avaliar a fitorremediação. As espécies metálicas foram determinadas por espectroscopia de emissão atômica com plasma acoplado indutivamente. Os resultados foram avaliados estatisticamente utilizando o Teste “t” de Student. Os metais nos solos e sedimentos indicaram relação direta com aqueles encontrados na planta, que variaram em até 16,0 vezes mais nas raízes em relação às folhas. A porcentagem do Cu translocada para a raiz no P1 foi 86% e a de Zn, 74%, enquanto que nas folhas foram menores: 32,3% e 48,6%, respectivamente. Já no P2, a translocação do Cu foi de 64,8% e o Zn 59,2% na raiz e 5,5% e 39,8% na folha, respectivamente. Portanto, a maior eficiência de translocação e bioacumulação ocorreu na ordem de Zn>Cu>Ni>Co>Cr, e os outros metais se fitoestabilizaram no solo e sedimento. Assim, há necessidade de analisar outras espécies de plantas e avaliar periodicamente a qualidade da água do Córrego da Cascata que está sob influência das rodovias e das áreas urbanas.
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