A coloração aposemática reduz o risco de predação em serpentes? Um experimento de curto prazo, usando modelos de serpentes de plasticina.

Authors

  • Tatiane Bertuzzi PPG em Biologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.
  • David Santos de Freitas PPG em Biologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Avenida Unisinos, 950, 93022-750, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil.
  • Luiz Liberato Costa Corrêa PPG EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO- UNIVATES BIOLOGIA UNISINOS/laboratório de ornitologia e animais marinhos.
  • Alice Pozza Rodrigues PPG em Biologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Avenida Unisinos, 950, 93022-750, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil.
  • Mateus de Oliveira PPG em Biologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Avenida Unisinos, 950, 93022-750, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil.
  • Arthur Cardoso de Ávila PPG em Biologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Avenida Unisinos, 950, 93022-750, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil.
  • Gabriela Reis Ávila PPG em Ecologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Alexandro Marques Tozetti PPG em Biologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Avenida Unisinos, 950, 93022-750, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.18316/rca.v14i2.6137

Keywords:

Aposematismo, Modelos Artificiais, Estratégias de Defesa.

Abstract

Aposematismo é um mecanismo anti-predação que ocorre quando os animais exibem sinais conspícuos, que são frequentemente padrões de coloração chamativa, para alertar predadores potenciais da sua impalatabilidade ou toxicidade. O objetivo deste trabalho foi testar (num curto período) a eficiência da coloração aposemática, através da comparação da predação por vertebrados em modelos de serpente com e sem coloração de alerta no corpo. Para simular serpentes, nós confeccionamos 80 modelos de serpente utilizando massa modelável de coloração esverdeada. Metade dos modelos possuíam uma listra vermelha na parte dorsal do corpo, imitando uma coloração aposemática. A outra metade dos modelos possuía apenas a coloração esverdeada. Os modelos ficaram expostos aos predadores por 12 horas em uma área com vegetação campestre. Entre os 20 modelos predados, 65% foram modelos que possuíam apenas a coloração esverdeada e 35% foram modelos com a listra vermelha no dorso. Os ataques nas extremidades (cabeça e cauda) foram significativamente mais frequentes nos modelos com coloração vermelha. Nossos resultados sugerem a eficiência da coloração vermelha como sinal de alerta e mecanismo anti-predação, visto que os modelos que imitavam presas aposemáticas foram menos predados e atacados preferencialmente nas extremidades, o que sugere precaução por parte do predador.

Author Biography

Luiz Liberato Costa Corrêa, PPG EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO- UNIVATES BIOLOGIA UNISINOS/laboratório de ornitologia e animais marinhos.

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, MESTRE EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, DOUTORANDO EM BIOLOGIA. ATUA EM ESTUDOS E PESQUISAS COM FAUNA SILVESTRE.

Downloads

Published

2020-08-24

Issue

Section

Artigos