Polimorfismo TGFB1 +29 não influencia apresentação clínica de pacientes com leishmaniose visceral

Autores

  • Claudio Ramos dos Santos Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • Ana Caroline Lopes Leite Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • Rafaela Tiemi Harakawa Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • João Guilherme Araujo Matarazo Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • Elaine Cristina Negri Santos Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • Luiz Euribel Prestes Carneiro Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • Thaís Batista de Carvalho Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
  • Eliana Peresi-Lordelo Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v12i1.10742

Palavras-chave:

Visceral leishmaniasis, Cytokine, Gene polymorphism

Resumo

Objetivo: Avaliar a associação do SNP TGFB1+29 com a leishmaniose visceral (LV), além de verificar sua relevância funcional na resposta imune, através da associação com parâmetros clínicos e a gravidade da doença. Materiais e métodos: Foram genotipados 28 pacientes com diagnóstico comprovado para LV, por quadro clínico-epidemiológico e/ou diagnóstico imunológico, considerados curados e acompanhados pós-tratamento. Como controles, foram estudados 20 indivíduos saudáveis, não portadores de LV prévia ou outra doença infecciosa. A avaliação do SNP TGFB1+29 foi realizada através da técnica de discriminação alélica por PCR em tempo real. As análises foram realizadas pelo teste do ?2, considerando p<0,05 como significativo. Resultados: Ambos os grupos de estudo apresentaram uma frequência de distribuição dos alelos T e C similar, portanto, não mostraram diferença significativa (p=0,1146). Com relação aos genótipos, os controles apresentaram uma maior frequência CT (55%), enquanto nos pacientes com LV essa distribuição foi equilibrada. Entretanto, não houve diferença significativa entre a distribuição de genótipos dos grupos estudados (p=0,5172). Não houve diferença entre os diferentes genótipos GG e AG/AA quando avaliados os sintomas de hepatomegalia (p=0,9712), perda ponderal (p=0,3351), esplenomegalia (p=0,3351), cefaleia (p=0,7564), febre (p=0,4487) e dor abdominal (p=0,2310). Verificamos que a maioria dos pacientes apresentavam um quadro grave (n=21), fato que não foi influenciado pelos diferentes genótipos do gene TGFB+29 (p=0,6745). Conclusão: O presente estudo não demonstrou associação de susceptibilidade ou resistência do TGFB1 +29 com a LV, assim como, a associação dos diferentes genótipos com as manifestações clínicas e gravidade da doença.

Biografia do Autor

Claudio Ramos dos Santos, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Bacharel em Biomedicina

Ana Caroline Lopes Leite, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Bacharel em Biomedicina

Rafaela Tiemi Harakawa, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Bacharel em Biomedicina

João Guilherme Araujo Matarazo, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Bacharel em Biomedicina

Mestrando em Ciências da Saúde

Elaine Cristina Negri Santos, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Doutora em Enfermagem Fundamental

Luiz Euribel Prestes Carneiro, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Doutor em Imunologia

Residência em Infectologia

Thaís Batista de Carvalho, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Doutora em Doenças Tropicais

Eliana Peresi-Lordelo, Universidade do Oeste Paulista - Unoeste

Doutora em Doenças Tropicais

Referências

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Publicado

2024-06-21

Edição

Seção

Artigos Originais