Ações manipulativas e o ato de criar brincadeiras com cubos em crianças com e sem baixa visão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v8i1.6038

Palavras-chave:

Educação Especial, Criança, Baixa Visão, Destreza Motora

Resumo

Objetivo: identificar e descrever as ações manipulativas e as brincadeiras criadas pelas crianças com e sem baixa visão em idade escolar, durante o brincar com cubos de diferentes estímulos.

Métodos: participaram sete crianças com e sem baixa visão (8,8 anos±1,02), as mesmas foram filmadas durante o brincar com seis cubos: transparente, preto, alto contraste, luminoso, auditivo e estímulo tátil. A ordem da entrega foi randomizada e a permanência com cada cubo foi de 40 segundos (intervalo de 10 segundos entre eles). Ao final, foi solicitado para a criança elaborar brincadeiras com os cubos.

Resultados: As ações motoras identificadas foram: afastar o cubo, agitar o cubo, alcance (uni e bimanual), aproximar o cubo dos olhos, bater com o cubo, bater no cubo, deslizar mãos/dedos, girar o cubo, jogar o cubo para cima, apoiar o cubo em uma das arestas, aproximar os olhos ao cubo, segurar o cubo com apenas uma mão, encostar o rosto no cubo. Algumas brincadeiras foram comuns em ambos os grupos e a brincadeira predominante, que envolveu todos os cubos, foi a de empilhá-los.

Conclusão: As crianças realizaram 14 tipos de ações manipulativas e criaram as brincadeiras de montar formas com os cubos e empilhá-los.

Biografia do Autor

Caroline de Oliveira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Fisioterapeuta, graduação pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba – MG, Brasil.

Nathalia Quintino Pereira Silva, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Graduanda do curso de Fisioterapia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba – MG, Brasil.

Paula Berteli Pelizaro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Mestranda em Fisioterapia pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba - MG, Brasil.

Karina Pereira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Professora associada ao Departamento de Fisioterapia Aplicada e do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba-MG, Brasil.

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Publicado

2020-02-28

Edição

Seção

Artigos Originais