Relacionamento com o treinador e resiliência de atletas paralímpicos de atletismo: a etiologia da deficiência como um fator interveniente

Autores

  • Gabriel Lucas Morais Freire Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Roseana Pacheco Reis Batista Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Daniel Vicentini de Oliveira Centro Universitário de Maringá
  • Sherdson Emanoel da Silva Xavier Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Laura Carvalho Ribeiro Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • José Roberto Andrade do Nascimento Junior Universidade Federal do Vale do São Francisco

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v9i1.6739

Palavras-chave:

Relações Interpessoais, Resiliência, Esporte Paraolímpico, Atletismo

Resumo

O presente estudo teve como objetivo investigar a qualidade do relacionamento com o treinador e a resiliência de atletas paralímpicos de atletismo em função da etiologia da deficiência. Fizeram parte deste estudo 49 atletas paralímpicos participantes da Etapa Norte/Nordeste de Atletismo 2019. A média de idade foi de 32,84±10,86 anos e o tempo de prática de 10,86±6,46 anos. Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Relacionamento Treinador-Atleta (CART-Q) - versão atleta e a Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC). A análise de dados foi realizada por meio dos testes de Shapiro-Wilk, U de Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de Spearman (p<0,05). Os resultados evidenciaram que não houve diferença significativa na qualidade do relacionamento treinador-atleta (RTA) em função da etiologia da deficiência e sexo (p > 0,05). Em relação à resiliência, verificou-se que os homens apresentaram maior escore na dimensão de adaptabilidade-tolerância (p=0,016), enquanto os atletas com deficiência adquirida apresentaram maior escores nas subescalas de adaptabilidade-tolerância (p = 0,022), amparo (p = 0,023) e intuição (p = 0,007). Verificou-se correlação significativa (p < 0,05), positiva e fraca da dimensão de comprometimento e com a tenacidade (r=0,33). Concluiu-se que a etiologia da deficiência parece ser um fator interveniente na adaptabilidade do atleta paralímpico, uma vez que os atletas com deficiência adquirida apresentaram maior adaptabilidade que os atletas com deficiência congênita.

Downloads

Publicado

2021-02-26

Edição

Seção

Artigos Originais