Pressão arterial elevada, estado nutricional e aptidão física de escolares
DOI:
https://doi.org/10.18316/sdh.v9i2.7148Palavras-chave:
aptidão física, criança, obesidade, hipertensão, promoção da saúde.Resumo
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de pressão arterial elevada em crianças em idade escolar e sua associação com o estado nutricional e a aptidão física.
MÉTODO: O estudo transversal descritivo incluiu 538 escolares de ambos os sexos com idade entre 6 e 10 anos, matriculados em uma escola privada da cidade de São Paulo. As crianças foram submetidas à aferição da pressão arterial, medidas antropométricas (peso, estatura e prega tricipital) e de aptidão física (preensão manual e teste de 1000 metros).
RESULTADOS: A maior parte dos avaliados era do sexo feminino (52,6%, n=283) e normotensa (92,2%). Os meninos apresentaram maior adiposidade e força nos membros superiores em relação às meninas, enquanto elas apresentaram maior aptidão cardiorrespiratória. As crianças normotensas apresentavam menor peso e índice de massa corporal (IMC) em relação às que possuíam pressão arterial elevada. Estas últimas também possuíam menor aptidão cardiorrespiratória e maior adiposidade. A pressão arterial sistólica esteve direta e fracamente associada com o peso (r=0,33, p<0,001), IMC (r=0,32, p<0,001), força de preensão manual (r=0,26, p<0,001) e prega tricipital (r=0,28, p<0,001). A adiposidade esteve fortemente associada com o IMC (r=0,86, p<0,001), e a preensão manual se associou moderadamente com idade (r=0,66, p<0,001) e peso (r=0,63, p<0,001).
CONCLUSÃO: A prevalência de pressão arterial elevada (7,8%) foi inferior à encontrada na literatura entre escolares da mesma idade. A pressão arterial sistólica esteve associada com a força de preensão e com estado nutricional (peso, IMC e adiposidade). O IMC foi um preditor do estado da pressão arterial no modelo de regressão.
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