Na escola os saberes tradicionais: Etnoeducação, cultura e patrimônio
DOI:
https://doi.org/10.18316/1981-7207.16.21Palavras-chave:
Etnoeducação, Patrimônio Cultural, Katxuyana, Comunidade de Aprendizagem, Extensão UniversitáriaResumo
Desde a Constituinte de 1988, o Brasil se reconhece formado por diferentes grupos sociais e procura proteger esta diversidade assegurando, entre outros, o direito à educação diferenciada. Nesta perspectiva, a etnoeducação funda-se numa ação universitária na Amazônia brasileira. Transdisciplinar, ela se concretiza na formação de educadores construída de forma coletiva e colaborativa. Privilegiamos a formação de educadores sensíveis aos saberes tradicionais. Enfatizamos sua autonomia e protagonismo no desenvolvimento compartilhado com alunos e membros da comunidade de projetos sobre saberes locais que os fortaleçam enquanto comunidade de aprendizagem. Inspirados pela etnografia eles elegem aspectos da cultura tradicional para investigarem. As escolas participantes localizam-se em comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas. Aqui destacamos o caso dos Katxuyana. Numa de suas aldeias acompanhamos projetos escolares em etnoeducação. Neste caso a escola é locus de experiência de ensino/aprendizagem não fundamentada apenas na transmissão de conteúdos programáticos. Os temas dos projetos imbricam-se ao cotidiano: a caça e a pesca, a pintura corporal, o artesanato. A partir deles construímos com os educadores reflexões sobre processos coletivos de ensino/aprendizagem. Nossa preocupação é que a escola, enquanto ethos novo nas práticas, possa servir aos modos de vida destes povos. Este processo educativo contribui na valorização cultural e na vida social das comunidades trabalhadas.
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