Memória para armar: encaixes insurgentes entre a literatura e o cinema
DOI:
https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i40.9113Palavras-chave:
Memória política, literatura do testemunho, cinema, ditadura civil-militarResumo
Ao trabalharmos com o campo da memória em cenários de disputas percebemos que existe vários encaixes para a sua reconstrução e performance, podendo ser ativada mediante diferentes percursos e agentes. Nesse artigo trabalharemos o campo da memória em diálogo com a literatura e o cinema, mais detidamente através do gênero que se convencionou denominar de Literatura do Testemunho e suas imbricações. Isto posto, possuímos como objeto de pesquisa a análise das obras de Fernando Gabeira e de Frei Betto, respectivamente os livros, O que é isso companheiro (1982) e o Batismo de sangue (2006) e, posteriormente, as suas transposições fílmicas, tendo como objetivo principal examinar a construção da memória de resistência e seus usos através das fontes da Literatura do Testemunho contidas nestas obras. Para efeitos metodológicos, tratar-se-á de um trabalho qualitativo, a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema; igualmente, realizaremos análise de conteúdo dos filmes enunciado no corpus do trabalho. Como resultado de pesquisa concluímos que a Literatura do Testemunho em comunhão com outras mídias servira, de fato, como elemento fiador de uma memória coletiva de um grupo que lutou contra a ditadura civil-militar, sendo, portanto, voz ativa na luta por verdade e justiça.Downloads
Publicado
22-12-2021
Edição
Seção
Artigos / Ensaios
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