Aprendizagem organizacional: potencialidades e limites do uso de metáforas
DOI:
https://doi.org/10.18316/1379Palavras-chave:
Aprendizagem organizacional, metáfora, cognição, culturaResumo
Objetiva-se discutir potencialidades e limites das metáforas cognitivas e da cultura para compreender processos de aprendizagem organizacional. Argumenta-se que a metáfora, por sua natureza, é parte constituinte do processo de construção de conhecimento científico. Observa-se, então, que a metáfora cognitiva reduz, em regra, a aprendizagem organizacional à aprendizagem dos indivíduos na organização, ao passo que a metáfora da cultura, por concentrar-se no nível coletivo, também não oferece meios de solucionar o problema da conversão da aprendizagem individual em organizacional. Assim, fica a necessidade de apelar-se para concepções metafóricas que possam assumir, em seu núcleo básico, os processos de interação entre o indivíduo e a organização.
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