Um patrimônio esmaecido: a produção açucareira, o Beco do Caminho Curto e a presença quilombola em Joinville (SC)

Autores

  • Andrew Bernardo Corrêa Univille
  • Roberta Barros Meira Univille

DOI:

https://doi.org/10.18316/desenv.v10i2.8782

Palavras-chave:

Escravidão, açúcar, Beco do Caminho Curto

Resumo

A presença da população negra escravizada e livre, e seus descendentes, é marcada por um forte silenciamento na historiografia oficial de Joinville (SC). A história da cidade muitas vezes é caracterizada por um discurso que privilegia a presença dos colonos europeus que se estabeleceram na região após a criação da Colônia Dona Francisca, em 1851. O artigo busca analisar a história dessas populações e o seu apagamento, considerando o contexto social, econômico e político que envolveu diversos atores. São discutidas novas abordagens sobre a história de Joinville que abarquem a escravidão, a produção açucareira e a posse da terra.

Biografia do Autor

Andrew Bernardo Corrêa, Univille

Graduando em História pela Universidade da Região de Joinville-Univille. Bolsista no Projeto Integrado - Caminho Curto: vivências de ensino, pesquisa e extensão na promoção de cidadania.Tem experiência na área de História, com ênfase em História de Santa Catarina, História Medieval, Brasil Colonial, História da Igreja.

Roberta Barros Meira, Univille

Bacharel e licenciada em Historia pela Universidade Federal Fluminense (2005), mestrado e doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo. Docente do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade e do Departamento de História da Universidade da Região de Joinville - Univille. Tem experiência na área de História do Brasil, com estudos no campo do patrimônio ambiental e políticas agrícolas.

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Publicado

2021-07-30

Edição

Seção

Dossiê