Comorbidades em Idosos Vivendo com HIV/Aids

Autores

  • Juliana Lemes dos Santos Universidade de Cruz Alta http://orcid.org/0000-0003-1724-4477
  • Janaina Coser Universidade de Cruz Alta
  • Thais Patricia Hammes Universidade de Cruz Alta
  • Tatiana Mugnol Universidade de Cruz Alta
  • Angela Menezes Garlet Universidade de Cruz Alta
  • Paulo Ricardo Moreira Universidade de Cruz Alta

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v8i1.6110

Palavras-chave:

Serviços de Saúde para Idosos, Infecções por HIV, Infecções Oportunistas, Doenças Não Transmissíveis

Resumo

Objetivo: Identificar o perfil clínico e epidemiológico de idosos que vivem com HIV/Aids.

Materiais e Métodos: Estudo observacional, documental, transversal, prospectivo, descritivo e analítico, realizado a partir de prontuários clínicos de um Serviço de Atenção Especializada.

Resultados: O estudo incluiu 64 idosos, dos quais, 53% (34) eram homens e 47% (30) eram mulheres, 81% (52) possuíam escolaridade igual ou inferior a ensino fundamental completo, 67% (43) apresentaram linfócitos TCD4 ? 350 células/mm³, 81% (52) tinham carga viral ? 40 cópias/mL, 974% (62) foram infectados por relação heterossexual e 84,5% (54) apresentaram pelo menos uma comorbidade. As comorbidades mais incidentes foram caquexia (48%), anemia (35%), tabagismo (31,5%) e hipertensão arterial sistêmica (18,5%) foram as doenças não transmissíveis mais incidentes. A candidíase oral (55,5%) foi a infecção oportunistas com maior incidência nos idosos participantes do estudo.

Conclusão: A presença de comorbidades e infecções oportunistas deve ser investigada entre idosos com HIV para garantir suporte e melhores cuidados a estes indivíduos.

 

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Publicado

2020-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais