Uso indiscriminado do paracetamol no Rio Grande do Sul: perfil de uma década

Autores

  • Katrine de Borba Freitas
  • Alessandra Hubner de Souza Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular aplicada à saúde
  • Leandro Mendes de Freitas

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v8i2.6265

Palavras-chave:

Paracetamol, Envenenamento, Acetilcisteína, Antídotos

Resumo

O paracetamol é um fármaco de venda livre e um dos analgésicos mais utilizados na atualidade. A falta de conhecimento da população sobre seus efeitos tóxicos tem provocado aumento nos casos de intoxicações. Objetivou-se descrever os sinais clínicos e bioquímicos das intoxicações por paracetamol, ferramentas utilizadas para avaliar a necessidade do antídoto e reversão do quadro tóxico. Além disso, descrever dados estatísticos de intoxicações por medicamentos em especial por paracetamol no Rio Grande do Sul, registrados pelo Centro de Informação Toxicológica do estado (2008 a 2017). O paracetamol mostrou-se seguro em doses corretas, mas as intoxicações podem gerar lesão hepática grave. Quanto ao diagnóstico e tratamento, o Nomograma de Rumack-Matthew e o antídoto se mostraram ótimas ferramentas para evitar casos mais graves. Sobre dados estatísticos, os medicamentos somaram 30,85% das intoxicações totais no período, havendo um aumento das intoxicações associadas ao paracetamol (5.901 casos), o principal responsável por intoxicações na sua classe (analgésicos/antipiréticos), com 67,2% dos casos. O perfil mais prevalente de intoxicações foi em adultos por causa intencional. Conclui-se que o uso indiscriminado do paracetamol e consequente intoxicação representam uma grande preocupação para saúde pública.

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Publicado

2020-04-13

Edição

Seção

Artigos Originais