Percepção e Impacto em Saúde Bucal nas Atividades Diárias de uma População em Situação de Rua: Um estudo transversal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v8i3.6796

Palavras-chave:

Pessoas em Situação de Rua, Saúde Bucal, Qualidade de Vida, Populações Vulneráveis, Odontologia

Resumo

Introdução: A compreensão da população em situação de rua (PSR) sobre sua saúde bucal pode contribuir para planejamento de ações para atenção odontológica.

Objetivo: Avaliar perfil sociodemográfico, percepção e impacto da saúde bucal nas atividades diárias (ISBAD) de uma PSR.

Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo realizado com PSR de um município do noroeste do Paraná-Brasil. Foram realizadas entrevistas em 117 indivíduos utilizando questionário quanti-qualitativo com variáveis demográficas e saúde bucal. Análises bivariadas foram realizadas com teste Qui-quadrado, nível de significância de 5%.

Resultados: A maioria era do gênero masculino (92,3%), com média de 35,8 anos, sem companheira (75,2%), com até 8 anos de escolaridade (66,7%), pele não-branca (61,5%) e renda média diária de até 30 reais (38,5%). Grande parte relatou não ter profissão (81,2%) e estar na rua há mais de 2 anos (54,7%). A maioria alegou problemas na boca nos últimos 6 meses (45,3%) e 72,6% da PSR tiveram ISBAD negativo, resultando associação estatisticamente significante (p=0,0089).

Conclusão: Os resultados traçaram perfil e percepção de problemas bucais que impactaram negativamente nas suas atividades diárias, evidenciando a importância de considerar aspectos subjetivos na atenção odontológica da PSR para planejamento de ações de promoção e proteção da saúde bucal.

Biografia do Autor

Amanda Meira Saraiva, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá

Fernanda Midori Tsuzuki, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá

Cristiane Muller Calazans, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá

Ana Lúcia Rodrigues

Departamento de Ciências SociaisUniversidade Estadual de Maringá

Najara Barbosa da Rocha, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais

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Publicado

2020-08-05

Edição

Seção

Artigos Originais