Congruência entre a empatia autorreferida de enfermeiros(as) da atenção primária em saúde e a percepção do usuário sobre a relação empática

Autores

  • Luana Dullius Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Eduardo Remor Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v10i1.7263

Palavras-chave:

Empatia, estresse ocupacional, enfermagem, saúde

Resumo

Objetivo: Investigar a congruência entre a empatia autorreferida por enfermeiros(as) (IRI) e a empatia percebida do profissional pelo usuário (CARE).

Método: Participaram 36 enfermeiros(as) atuantes na Atenção Primária a Saúde (APS) do município de Porto Alegre (RS) e 166 usuários atendidos por esses profissionais. Utilizou-se testes de correção de Spearman para verificar a congruência entre a IRI e a CARE, assim como testes de Mann- Whitney e Kruskal Wallis para analisar a associação entre a IRI e a CARE com variáveis como o estresse ocupacional e características de atuação dos profissionais.

Resultados: Não foram encontradas associações entre a IRI e a CARE (rho = 0,41, p = 0,596). No entanto, constatou-se que a percepção do usuário da empatia do profissional variou conforme os níveis de estresse (H(3) = 9,149, p = 0,027). Enfermeiros(as) que exercem a função de coordenação na Unidade de Saúde referem menores índices de empatia, o que também é percebido pelos usuários.

Discussão: Reconhecer o impacto do estresse na forma como o profissional expressa empatia possibilita que ações de promoção e prevenção a saúde sejam desenvolvidas no local de trabalho e impactem não somente a saúde do trabalhador, mas também na saúde do usuário atendido.

Biografia do Autor

Luana Dullius, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga, especialista em Saúde Pública, mestranda em Psicologia da Saúde pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRGS

Eduardo Remor, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em em Psicologia da Saúde (UAM, Espanha). Coordenador do Grupo de Pesquisa em Psicologia da Saúde (GPPS). Professor no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRGS. Pesquisador do CNPq.

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Publicado

2022-03-08

Edição

Seção

Artigos Originais