Adolescência e Comportamento Infrator: Correlação com Fatores Sociodemográficos, Envolvimento em Drogas e Habilidades Sociais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/sdh.v10i3.8300

Palavras-chave:

Comportamento Criminoso, Adolescente, Abuso de substâncias, Drogas Ilícitas, Habilidades Sociais

Resumo

Objetivo: Analisar a associação entre o comportamento infrator na adolescência e fatores sociodemográficos, envolvimento em drogas, reincidência infracional e habilidades sociais.

Materiais e Métodos: Trata-se de estudo do tipo caso-controle, com abordagem descritiva e analítica, realizado em Quixeramobim, Brasil, em 2019. A amostra foi constituída por 209 adolescentes do sexo masculino, na faixa etária dos 15 aos 17 anos, sendo 53 adolescentes no grupo caso e 156 no controle. Para a coleta de dados, foram utilizados um questionário sociodemográfico e o Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes - Del Prette. Para verificar a existência de associação entre as variáveis, na análise não ajustada, utilizou-se o Qui-quadrado de Pearson ou a Razão de Verossimilhança. Na análise ajustada, usou-se a regressão logística não condicional, a partir do modelo conceitual.

Resultados: Verificou-se que o comportamento infrator na adolescência está associado, significativamente, às seguintes variáveis: escolaridade do responsável (OR: 11,232; p<0,001), envolvimento com drogas (OR: 53, 484; p<0,001), alta dificuldade em autocontrole (OR: 23,797; p=0,001) e alta dificuldade em assertividade (OR: 5,581; p=0,046).

Conclusões: As variáveis escolaridade dos pais, envolvimento em drogas e habilidades sociais devem ser consideradas na explicação do fenômeno comportamento infrator na adolescência, sendo possíveis alvos de intervenção em programas preventivos.

Biografia do Autor

Magerlandia Patrício do Amaral, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales

Graduada em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (2004). Tem experiência acadêmica nas áreas de Psicologia Social , Psicologia do Desenvolvimento,Educação e Saúde Mental. Mestra e doutoranda em Psicologia pela Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales, Buenos Aires, Argentina.

Francisco José Maia Pinto, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Estadual do Ceará

Pós-Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP - 2011). Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ - 2005). Mestre em Ciências em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1988). Graduado em Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC - 1975). Graduado em Estatística pela Universidade Federal do Ceará (UFC - 1978). Professor Aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente é Professor Associado Nível "O" da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC/UECE) e Mestrado Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente (CMPSCA/UECE). Consultor Ad hoc. Líder do Grupo de Pesquisa Avaliação e Análise Estatística em Saúde Coletiva - PESQSAUDE. Vice-líder do Grupo de Pesquisa Indicadores de Saúde. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Probabilidade e Estatística Aplicadas a Saúde Coletiva. Atua principalmente, nos seguintes temas: Avaliação Institucional, Nutrição em Saúde Coletiva, Epidemiologia da Saúde da Criança e do Adolescente, Educação e Profissionais de Saúde. 

Dayse Lorrane Gonçalves Alves, Universidade Estadual do Ceará

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É especialista em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e possui Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). É Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) - Bolsista CAPES. Atua nos seguintes campos: saúde da criança e do adolescente; saúde na escola; interface entre Saúde e Educação; e prevenção do bullying e da violência escolar. 

Steffany Rocha da Silva, Departamento de Psicologia, Universidade Estadual do Ceará

Psicóloga Educacional na Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza. Psicóloga Clínica com ênfase em procedimentos clínicos e intervenções em saúde, formada pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Pós graduanda em Neuropsicologia pela Unichristus. Atua com Psicoterapia Comportamental e tem experiência no atendimento com crianças, adolescentes e adultos.

Ana Carina Stelko-Pereira, Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná

Psicóloga pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Terapia Analítico-Comportamental (Paradigma). Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professora adjunta da UFPR. Desenvolve trabalhos teórico-práticos com relação ao tema bullying, indisciplina e habilidades socioemocionais. Foi membro do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (LAPREV) e orientou dissertações e teses no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva na Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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Publicado

2022-09-29

Edição

Seção

Artigos Originais