Estudo longitudinal da influência da autoeficácia em amamentar na prática do aleitamento materno

Abstract

Objetivo: Avaliar a infl uência da autoefi cácia em amamentar na gestação em relação à duração do aleitamento materno (AM) e sua exclusividade.

Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo com amostra de 103 mulheres gestantes. Para coleta de dados, utilizou-se uma escala sobre autoefi cácia em amamentar (Breastfeeding Self-Effi cacy Scale Short Form-BSES-SF), questionário sobre percepções do AM e dados demográfi cos. Posteriormente, as mães (n=74) foram entrevistadas em seu domicílio 180 dias pós-parto, com outro instrumento de coleta de dados contendo questões
sobre a prática de AM e parto.

Resultados: A idade média das gestantes foi 25,8(±5,8) anos, sendo que a maioria possuía cor da pele não-branca (56,8%), morava com companheiro (83,8%); tinha até 12 anos de estudo (58,1%); não trabalhava (54,1%) e era multípara (63,5%). Aos 180 dias após o parto, 50,2% das crianças eram amamentadas, porém apenas 20,3% eram amamentadas exclusivamente com leite materno e grande parte recebia aleitamento artifi cial (35,1%). A pontuação média da escala BSES-SF foi 50,9(±10,6) pontos. Constatou-se associação estatisticamente signifi cante entre autoeficácia com: cor pele (p=0,048), AM exclusivo (p=0,017), forma de AM (p=0,049) e satisfação com AM (p=0,038).

Conclusão: A prática do AM aos 180 dias pós-parto foi infl uenciada pela autoefi cácia em amamentar na gestação.