Mensuração de externalidades econômicas oriundas das intoxicações exógenas por agrotóxicos em Mato Grosso.
DOI:
https://doi.org/10.18316/sdh.v9i3.7228Palabras clave:
Externalidade econômica, Intoxicação exógena, AgrotóxicoResumen
Introdução: O agronegócio de Mato Grosso tem se destacado mundialmente como um dos maiores produtores de grãos e consumidor de agrotóxicos, fator que favorece as intoxicações, típica externalidade negativa.
Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos e mensurar a externalidade econômica oriunda das intoxicações por agrotóxicos relacionadas ao agronegócio.
Materiais e métodos:Trata-se de um estudo descritivo, foram utilizados dados obtidos no SINAN, acerca das notificações das intoxicações exógenas por agrotóxicos agrícola,no período de 2015 a 2017, em Mato Grosso.
Resultados: Foram registradas 242 notificações a maioria ocorreu na região Norte (44,62%) e nos municípios de Nova Mutum/Sinop/Sorriso (23,13%). Prevaleceu os casos em indivíduos do sexo masculino (84,71%), na faixa etária de 20 a 39 anos (57,85%) de raça parda (57,02%) e com escolaridade de 5a a 8a série incompleta (21,07%), 66,53% da exposição ocorreu no ambiente de trabalho, circunstância acidental (44,21%), destaque para a exposição aguda única (76,86%). As despesas oriundas da intoxicação exógena por agrotóxico agrícola foram de R$ 718,15 por indivíduo.
Conclusão: O agronegócio tem contribuído positivamente com cerca de 50,5% do PIB do estado, porém gerado externalidades negativas, torna-se necessário, incentivar as ações de prevenção das intoxicações para garantir a saúde da população.
Citas
Cavalcanti C. Uma tentativa de caracterização da economia ecológica. Ambiente & Sociedade. 2003 Jan/Jun; 7(1): 149-158.
Cechin AD. A natureza como limite da economia: a contribuição de Nicholas Georgesku. São Paulo: SENAC; 2016.
Ferreira VVM et al. Estudos de externalidades na área de saúde humana decorrentes de reservatórios hidrelétricos. Eng Sanit Ambient. 2011 abr/jun; 16(2): 149-156.
Soares WL. Uso dos agrotóxicos e seus impactos à saúde e ao ambiente: uma avaliação integrada entre a economia, a saúde pública, a ecologia e a agricultura. [tese]. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2010.
Veiga MM. Agrotóxicos: eficiência econômica e injustiça socioambiental. Ciência & Saúde Coletiva. 2007; 12(1): 145-152.
Silva SA. O agronegócio e as intoxicações agudas por agrotóxicos em Mato Grosso, Brasil [dissertação]. Cuiabá: Instituto de Saúde Coletiva da UFMT; 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho no Brasil, 2007-2016. Boletim Epidemiológico. 2018A; 49(58).
Beserra L. Agrotóxicos, vulnerabilidades socioambientais e saúde: uma avaliação participativa em municípios da bacia do rio Juruena, Mato Grosso [dissertação]. Cuiabá: Instituto de Saúde Coletiva da UFMT; 2017.
Araújo IMM; Oliveira ÂGRC. Agronegócio e agrotóxicos: impactos à saúde dos trabalhadores agrícolas no nordeste brasileiro. Trab. Educ. Saúde. 2017 jan/abr; 15(1): 117-129.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em: <http://antigo.agricultura.gov.br/acesso-a-informacao/institucional>, acesso em: 04 de Abril de 2020.
Derani C; Scholz MC. A injustiça ambiental das externalidades negativas das monoculturas para commodities agrícolas de exportação no Brasil. Rev. de Direito Agrário e Agroambiental. 2017 Jul/Dez; 3(2): 1-25.
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-CEPEA. PIB do agronegócio encerra 2019 com alta de 3,81%. Disponível em: <https://www.cepea.esalq.usp.br/br/releases/pib-agro-cepea-pib-do-agronegocio-encerra-2019-com-alta-de-3-81.aspx#:~:text=Cepea%2 %209%2F03%2F2020,4%25%20do%20PIB%20brasileiro%20total>, acesso em 26 de abril de 2020.
Pignati WA et al. Distribuição espacial do uso de agrotóxicos no Brasil: uma ferramenta para a Vigilância em Saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 2017; 22(10): 3281-3293.
Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária. Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso. 2019. Disponível em: <http://www.imea.com.br/imea-site/view/uploads/relatoriosmercadoApresentacao_20190426.pdf>, acesso em: 06 de Abril de 2020.
IBGE. Projeção da População das Unidades da Federação por sexo e idade: 2000-2030, 2013. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2013/default.shtm>, acesso em: 06 de Abril de 2020.
Silva DO da. et al. Exposição aos agrotóxicos e intoxicações agudas em região de intensa produção agrícola em Mato Grosso, 2013*. Epidemiol. Serv. Saude. 2019; 28(3).
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Relatório: Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos no Estado do Mato Grosso. Elaboração: Mirella Dias Almeida. [201-?] Disponível em: <http://www.saude.gov.br/images/pdf/2015/julho/08/Relat—rio---Mato-Grosso.pdf>, acesso em: 01 de Junho de 2020.
Reis V. Exposição a agrotóxicos em MT é quase 10 vezes maior do que média nacional. 2019. Disponível em: <https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/saude-da-populacao/exposicao-ao-agrotoxico-em-mato-grosso-e-quase-10-vezes-maior-do-que-media-nacional/40362/>, acesso em: 06 de Abril de 2020.
Soares WL; Porto MF de S. Uso de agrotóxicos e impactos econômicos sobre a saúde. Rev Saúde Pública. 2012; 46(2): 209-217.
Sindicato dos trabalhadores rurais de Sorriso. Convenção coletiva de trabalho. Disponível em: <http://sindicatoruraldesorriso.com.br/uploads/asset/file/2506/CONVEN__O_COLETIVA_DE_TRABALHO_2015.pdf>, acesso em: 20 de maio de 2020.
Sindicato dos trabalhadores rurais de Sorriso. Convenção coletiva de trabalho. Disponível em: <http://sindicatoruraldesorriso.com.br/uploads/asset/file/6348/CCT_Sorriso_2017-2019.pdf>, acesso em: 20 de maio de 2020.
Sindicato dos trabalhadores rurais de Sorriso. Convenção coletiva de trabalho. Disponível em: <http://sindicatoruraldesorriso.com.br/uploads/asset/file/1262/CONVEN__O_COLETIVA_DE_TRABALHO_2013-2015.pdf>, acesso em: 20 de maio de 2020.
Corcino C. O; Teles RB de A; Almeida JRG da S. et al. Avaliação do efeito do uso de agrotóxicos sobre a saúde de trabalhadores rurais da fruticultura irrigada. Ciência & Saúde Coletiva. 2019; 24(8): 3117-3128.
Carneiro FF; Augusto LG da S; Rigotto RM. et al. (Org.) Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de Janeiro: EPSJV; São Paulo: Expressão Popular, 2015.
Brasil. Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS-CONITEC. Diretrizes Brasileiras para Diagnóstico e Tratamento de Intoxicações por Agrotóxicos-Capítulo 1. Brasília-DF, 2018b.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que presenten sus manuscritos para su publicación en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
Autores conservan los derechos de autor y conceden el derecho de diario de la primera publicación de la obra a la vez bajo una Licencia Creative Commons Reconocimiento-que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
En virtud de los artículos que aparecen en esta revista de acceso abierto, los artículos son de uso gratuito, con la debida atribución, en el educativo y no comercial.