Atenção às pessoas privadas de liberdade vivendo com HIV: elenco de ações e serviços de saúde
DOI:
https://doi.org/10.18316/sdh.v10i2.8519Palabras clave:
Prisões, Prisioneiros, HIV, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Assistência Integral à Saúde, Serviços de SaúdeResumen
Objetivo: analisar as ações ofertadas para o cuidado às pessoas vivendo com HIV em seis unidades prisionais brasileiras. Materiais e métodos: estudo exploratório conduzido em 2015 por meio de entrevistas a 85 detentos com HIV. O desempenho das unidades prisionais foi classificado pelo valor médio das respostas dos entrevistados em satisfatório, regular e insatisfatório. Além disso, utilizou-se análise de variância, teste de Kruskall-Wallis e análise de comparação múltipla. Resultados: a oferta de ações e serviços para o cuidado das pessoas privadas de liberdade vivendo com HIV foi classificada como regular. Indicadores satisfatórios foram: disponibilidade de preservativos; vacinas; complemento na alimentação; e exames de escarro. Indicadores avaliados de modo regular: atendimentos com médicos e enfermagem; prontidão no atendimento; orientações sobre tuberculose; exames sorológicos; e panfletos sobre doenças infecciosas. Indicadores insatisfatórios: atendimentos com psicólogos, dentistas e assistentes sociais; e orientações sobre planejamento reprodutivo, sexo seguro, atividade física, redução no uso de drogas, benefícios sociais e não compartilhamento utensílios pessoais. Identificou-se diferença entre as unidades prisionais nos indicadores: atendimento médico; cartazes educativos; preservativos; e exame de escarro. Conclusão: o desempenho satisfatório das unidades prisionais é compatível com o modelo hegemônico tecnoassistencial em detrimento de intervenções comportamentais e sociais.
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