Análise da estratégia adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil na avaliação da qualidade metodológica dos estudos científicos sobre a COVID-19.
DOI:
https://doi.org/10.18316/sdh.v11i2.9853Palabras clave:
Sars-Cov-2, Pandemia, Ciência baseada em dados, MetodologiaResumen
Introdução: O Ministério da Saúde (MS) do Brasil analisou a qualidade metodológica de artigos científicos relacionados à COVID-19. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo apresentar e discutir a qualidade metodológica dos estudos selecionados pelo MS baseados em índices já validados na literatura científica internacional. Material e Métodos: Foram analisados quanti-qualitativamente 100 informes, de abril a agosto de 2020, que tinham 08 categorias de trabalhos: Estudos de revisão, coorte, Ensaios clínicos, casos controle, estudos transversais, relatos/série de casos, opinião e protocolos. Resultados: Os resultados mostraram 2.621 estudos publicados no Informe diário de evidência/COVID-19, com 1.497 (57,1%) trabalhos qualificados de acordo com as ferramentas internacionais sendo elas: JBI, AMSTAR e Cochrane. A qualidade metodológica foi analisada como 41% não identificável, 24% boa, 16% moderada, 14% baixa, 5% alta e 1% ruim. Discussão: São necessárias novas ferramentas para análises de outros tipos de trabalhos, como por exemplo, os in silico, in vitro ou trabalhos narrativos, que facilitem o conhecimento e a abordagem investigativa. Conclusão: O uso de ferramentas de avaliação crítica de qualidade metodológica mostrou ser uma estratégia fundamental para indicar a confiabilidade de cada estudo.
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