Aspectos clínicos do potencial fitofarmacêutico da cafeína no controle da doença de Alzheimer
DOI:
https://doi.org/10.18316/sdh.v12i3.11173Palavras-chave:
Doença de Alzheimer, Cafeína, ControleResumo
Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é a principal causa de demência no mundo, representando cerca de 50-70% dos casos. Atualmente, o seu tratamento consiste em alvos terapêuticos secundários, não envolvidos diretamente com a fisiopatologia da doença. Objetivo: Verificar o potencial fitofarmacêutico da cafeína no controle da DA. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo do tipo revisão de literatura. O lócus investigativo se deu mediante busca eletrônica nas bases Scientific Eletronic Library (SciELO), Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME-OPAS-OMS), e National Library of Medicine, dos EUA (PubMed). Sendo considerados os artigos publicados entre 2018 e 2023, envolvendo humanos e animais. A busca dos artigos se deu a partir da pesquisa das palavras-chave “caffeine and Alzheimer disease”. Resultados: Dos oito estudos selecionados, quatro sugeriram que a cafeína possui atividade neuroprotetora significativa em modelo animal.Cinco apontaram, com ressalvas, potencial terapêutico em humanos, na profilaxia de demências. Conclusão: A cafeína possui atividade neuroprotetora para a DA in sílico, in vitro e in vivo, mas esses resultados ainda não podem ser assegurados como translacionais, sendo necessário estudos clínicos multicêntricos com a cafeína isolada para averiguar sua potencial utilidade no tratamento da DA.
Referências
Garre-Olmo J. [Epidemiology of Alzheimer’s disease and other dementias]. Rev Neurol. 1o de junho de 2018;66(11):377–86. Disponível em: https://doi.org/10.33588/rn.6611.2017519.
Villarejo Galende A, Eimil Ortiz M, Llamas Velasco S, Llanero Luque M, López de Silanes de Miguel C, Prieto Jurczynska C. Informe de la Fundación del Cerebro. Impacto social de la enfermedad de Alzheimer y otras demencias. Neurologia. 1o de janeiro de 2021;36(1):39–49. Disponível em: 10.1016/j.nrl.2017.10.005.
Lane CA, Hardy J, Schott JM. Alzheimer’s disease. European Journal of Neurology. 2018;25(1):59–70. Disponível em: https://doi.org/10.1111/ene.13439.
Freire DS, Silva AS da, Borin FYY. A fisiopatologia da doença de alzheimer. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa. 29 de novembro de 2022;38(especial):237–51.
Verghese PB, Castellano JM, Holtzman DM. Roles of Apolipoprotein E in Alzheimer’s Disease and Other Neurological Disorders. Lancet Neurol. março de 2011;10(3):241–52. Disponível em: https://doi.org/10.1016/s1474-4422(10)70325-2.
Escott-Price V, Sims R, Bannister C, Harold D, Vronskaya M, Majounie E, et al. Common polygenic variation enhances risk prediction for Alzheimer’s disease. Brain. dezembro de 2015;138(12):3673–84. Disponível em: https://doi.org/10.1093/brain/awv268.
Bateman RJ, Aisen PS, De Strooper B, Fox NC, Lemere CA, Ringman JM, et al. Autosomal-dominant Alzheimer’s disease: a review and proposal for the prevention of Alzheimer’s disease. Alzheimers Res Ther. 6 de janeiro de 2011;3(1):1. Disponível em: https://doi.org/10.1186%2Falzrt59.
Tiwari S, Atluri V, Kaushik A, Yndart A, Nair M. Alzheimer’s disease: pathogenesis, diagnostics, and therapeutics. Int J Nanomedicine. 19 de julho de 2019;14:5541–54. Disponível em: https://doi.org/10.2147/ijn.s200490.
Śliwińska S, Jeziorek M. The role of nutrition in Alzheimer’s disease. Rocz Panstw Zakl Hig. 2021;72(1):29–39. Disponível em: https://doi.org/10.32394/rpzh.2021.0154.
Zhou X, Zhang L. The Neuroprotective Effects of Moderate and Regular Caffeine Consumption in Alzheimer’s Disease. Oxid Med Cell Longev. 17 de agosto de 2021;2021:5568011. Disponível em: https://doi.org/10.1155/2021/5568011.
Ikram M, Park TJ, Ali T, Kim MO. Antioxidant and Neuroprotective Effects of Caffeine against Alzheimer’s and Parkinson’s Disease: Insight into the Role of Nrf-2 and A2AR Signaling. Antioxidants (Basel). 22 de setembro de 2020;9(9):902. Disponível em: https://doi.org/10.3390%2Fantiox9090902.
M Yelanchezian YM, Waldvogel HJ, Faull RLM, Kwakowsky A. Neuroprotective Effect of Caffeine in Alzheimer’s Disease. Molecules. 10 de junho de 2022;27(12):3737. Disponível em: https://doi.org/10.3390/molecules27123737.
Londzin P, Zamora M, Kąkol B, Taborek A, Folwarczna J. Potential of Caffeine in Alzheimer’s Disease—A Review of Experimental Studies. Nutrients. 6 de fevereiro de 2021;13(2):537. Disponível em: https://doi.org/10.3390%2Fnu13020537.
Stazi M, Lehmann S, Sakib MS, Pena-Centeno T, Büschgens L, Fischer A, et al. Long-term caffeine treatment of Alzheimer mouse models ameliorates behavioural deficits and neuron loss and promotes cellular and molecular markers of neurogenesis. Cell Mol Life Sci. 2022;79(1):55. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00018-021-04062-8.
Schreiner TG, Popescu BO. Impact of Caffeine on Alzheimer’s Disease Pathogenesis—Protective or Risk Factor? Life (Basel). 22 de fevereiro de 2022;12(3):330. Disponível em: https://doi.org/10.3390/life12030330.
Hussain A, Tabrez ES, Mavrych V, Bolgova O, Peela JR. Caffeine: A Potential Protective Agent Against Cognitive Decline in Alzheimer’s Disease. Crit Rev Eukaryot Gene Expr. 2018;28(1):67–72. Disponível em: https://doi.org/10.1615/critreveukaryotgeneexpr.2018021391.
Ruggiero M, Calvello R, Porro C, Messina G, Cianciulli A, Panaro MA. Neurodegenerative Diseases: Can Caffeine Be a Powerful Ally to Weaken Neuroinflammation? Int J Mol Sci. 26 de outubro de 2022;23(21):12958. Disponível em: 10.3390/ijms232112958.
Nehlig A. (1999). Are we dependent upon coffee and caffeine? A review on human and animal data. Neuroscience and biobehavioral reviews, 23(4), 563–576. https://doi.org/10.1016/s0149-7634(98)00050-5
Cabrera, C., Artacho, R., & Giménez, R. (2006). Beneficial effects of green tea--a review. Journal of the American College of Nutrition, 25(2), 79–99. https://doi.org/10.1080/07315724.2006.10719518
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Saúde e Desenvolvimento Humano

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que submetem seus manuscritos para serem publicados nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
- Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir). E que anexam declaração assinada que todos os autores leram o documento a ser submetido e que aceitam os termos desta revista.

Os trabalhos publicados na Revista Saúde e Desenvolvimento Humano de ISSN 2317-8582 está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/saude_desenvolvimento/.