Monitoramento telefônico como componente da alta assistida em saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.18316/sdh.v11i3.9738Resumo
Objetivo: caracterizar os usuários selecionados para a alta assistida segundo variáveis sociodemográficas e clínicas; e analisar o monitoramento telefônico como componente da alta assistida em saúde mental. Materiais e métodos: pesquisa descritiva com abordagem qualitativa realizada com usuários de uma Unidade de Internação em Saúde Mental de um Hospital Universitário. Os dados foram coletados no período de setembro a dezembro de 2020, a partir de prontuários eletrônicos do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários e de entrevistas semiestruturadas. Quanto à análise dos dados, esta ocorreu de forma descritiva. Resultados: participaram do estudo 12 usuários com média de 39,5 anos de idade. Quanto ao estado civil e o suporte familiar, a maioria era solteiro e residia com algum parente de primeiro ou segundo grau, ou ambos. A maioria dos participantes apresentava transtorno de humor. Entre as ações de Alta Assistida, o encaminhamento obteve resultados satisfatórios quanto à efetivação da continuidade no cuidado e adesão ao tratamento. Considerações finais: A Alta Assistida demonstrou ser um dispositivo que permite, principalmente, que o usuário possa retornar a sua vida assegurado de uma linha de cuidado na Rede de Atenção Psicossocial.
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