CORPO BIOGRÁFICO FEMININO

Articulações entre memória, identidade, gênero e patrimônio

Autores

  • Bruna De Souza Medina Universidade da Região de Joinville
  • Raquel Alvarenga Sena Venera Universidade da Região de Joinville

DOI:

https://doi.org/10.18316/dilogo.vi54.11425

Palavras-chave:

Corpo biográfico;, Mulheres, Memória, patrimônio

Resumo

O presente trabalho é um recorte da pesquisa de doutorado em Patrimônio Cultural e Sociedade. A tese pretende abordar o corpo biográfico de mulheres e o patrimônio cultural. O conceito de corpo biográfico desenvolvido por Josso (2012) entende o corpo como parte da narrativa de vida, pois é a partir do dele que se experimenta o ser-no-mundo. Assim, o corpo também é portador de memória e identidade, uma vez que estes conceitos se conectam. Entendendo que as construções sócio-históricas dos papéis de gênero colocam as mulheres em uma situação de vulnerabilidade em relação aos homens, principalmente as mulheres negras, na medida em que esses papéis operam como mecanismos de poder no patriarcado, visando disciplinar os corpos das mulheres  e as formas em que elas devem ser-no-mundo, significando violências por vezes sutis - os padrões de beleza e corporais impostos as mulheres; as maneiras de se comportar; a forma de se sentar; o que vestir; os locais a frequentar;  ou ainda violências explícitas chegando ao  feminicídio. Considerando que o patriarcado se insere no âmbito social e cultural, uma vez que o patrimônio é vetor de memória e identidade, ele também pode operar nessa dinâmica de desigualdade de gênero. Sendo assim, esse artigo irá articular reflexões iniciais a cerca desses conceitos e suas relações, que posteriormente serão aprofundadas na tese de doutoramento, em fase inicial, em Patrimônio Cultural e Sociedade.

 

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Publicado

2024-01-15

Edição

Seção

Dossiê