Um problema significativo na compreensão da educação inclusiva: o problema ontológico dos grupos sociais
DOI:
https://doi.org/10.18316/dialogo.v0i49.8808Palavras-chave:
Problema ontológico de grupos sociais, múltiplas singularidades, educação inclusiva, devir-inclusão, neo-materialismo subjetivo, canibalismo metafísicoResumo
A educação inclusiva consolida um quadro de análise para desafiar e romper os modos canônicos de produção de conhecimento herdados pelo logos. Compartilha com o feminismo a necessidade de criar conceitos que contribuam para uma leitura crítica do presente, tarefa que de nenhuma posição é alheia ao político. É isso, o que o define como uma estrutura complexa de conscientização, resistência e transformação do mundo, é algo que perfura a mudança social. É isso que a define também como projeto político e projeto de conhecimento em resistência, não como prática de assimilação e compensação. Quando compreendido sob essa racionalidade, desdobra o tentáculo de um projeto neocolonizador. Não é uma receita política como grande parte dos Estados-nação a concebem. O trabalho também analisa o problema ontológico dos grupos sociais, ou seja, um corpus de argumentos entronizados pelo humanismo clássico no qual a diferença agrega um atributo negativo ligado à identidade de cada ser e à adesão à coletividade. A política ontológica da educação inclusiva consiste em produzir um sistema de reapropriação das forças de singularização e seu devir, sem atentar para sua complexidade sígnica. O que é próprio do ser humano é o devir-molecular. A luta pela libertação do desejo de vários grupos é algo que afeta, altera e intervém em todas as camadas da sociedade. Por esta razão, a inclusão nunca pode ser concebida como um simples eufemismo retórico e uma prática de assimilação. Seu campo de tematização não se reduz a isso. A luta pela inclusão se estende a toda a sociedade.
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