Aspectos simbólicos, políticos e práticos da letalidade policial no Rio de Janeiro e em São Paulo durante o Governo Bolsonaro

Autores

  • André Filipe Pereira Reid dos Santos Faculdade de Direito de Vitória
  • Lucas Melo Borges de Souza Faculdade de Direito de Vitória (FDV)
  • Thiago Fabres de Carvalho Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

DOI:

https://doi.org/10.18316/redes.v8i2.6830

Palavras-chave:

Segurança Pública, Letalidade Policial, Rio de Janeiro, São Paulo, Governo Bolsonaro.

Resumo

O problema que move o presente artigo é o de expor quais os efeitos simbólicos, políticos e práticos de uma sinergia discursiva dos governos estaduais do Rio de Janeiro e de São Paulo com o administração federal do Governo Bolsonaro, no que tange à letalidade policial como política de segurança pública. Inicialmente são examinados alguns elementos quantitativos e qualitativos da letalidade policial no Rio de Janeiro e em São Paulo, depois da redemocratização. Em um segundo momento é exposta a relação existente entre sinergia discursiva e efeitos simbólicos, políticos e práticos na letalidade policial, em um contexto no qual, a despeito de disputas na arena política tradicional, as administrações estaduais do Governo Witzel e do Governo Doria e a administração federal do Governo Bolsonaro reproduzem uma mesma lógica de apoio à violência policial enquanto ferramenta de segurança pública. Por fim é apresentado, a título de considerações finais, um cenário de formação de um corpo político reprodutor de e obsessivo por uma lógica sanguinária, imaginada como uma tática capaz de alcançar uma sensação de segurança e libertação total da violência e do crime, de modo que a morte do outro pela polícia assume um significado coletivo de adesão simbólica, política e prática à barbárie enquanto política criminal.

Biografia do Autor

André Filipe Pereira Reid dos Santos, Faculdade de Direito de Vitória

Doutor e Mestre em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (FDV). Professor no curso de graduação, mestrado e doutorado em Direito da Faculdade de Direito de Vitória (FDV).

Lucas Melo Borges de Souza, Faculdade de Direito de Vitória (FDV)

Doutorando em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Mestre em Ciências Criminais e Especialista em Ciências Penais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professor no curso de graduação em Direito da Faculdade Pio XII.

Thiago Fabres de Carvalho, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Pós-Doutorado em Criminologia na Universität Hamburg. Doutor e Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Realizou Estágio de Doutoramento na Universidade de Coimbra. Professor Adjunto de Direito Penal e Criminologia e do Programa de Pós-Graduação em Direito Processual da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

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Publicado

2020-05-11

Edição

Seção

Artigos