O racismo institucional no sistema judiciário brasileiro: reflexões a partir da criminologia contracolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/redes.v12i3.8228

Palavras-chave:

Branquidade, Criminologia contracolonial, Judiciário, Racismo institucional, Racismo estrutural

Resumo

Este estudo busca compreender as relações entre a cultura institucional do judiciário brasileiro e o racismo estrutural, a partir de uma perspectiva criminológica contracolonial. Para isso, com o marco teórico articulado nos estudos pós-coloniais e contracoloniais, realizam-se análises críticas a respeito do colonialismo científico criminológico e seus reflexos no discurso jurídico. A pesquisa é qualitativa, com emprego do método descritivo, onde foram analisados dois casos judiciais, a partir dos quais foram travadas discussões étnicas-raciais envolvendo as violências institucionais e estruturais contra povos negros e indígenas. A conclusão, considerando a influência do colonialismo no ser, poder e saber, aponta para a urgência de que teorias criminológicas passem a considerar o processo histórico de escravismo e extermínio das populações negras e indígenas no país, sobretudo, a partir de uma epistemologia situada, de modo a confrontar os espaços institucionais que auxiliam na manutenção hegemônica de apenas um grupo no poder: homens brancos com poder aquisitivo.

Biografia do Autor

Karine Agatha França, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestranda em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Estado do Rio Grande do Sul (PUC/RS). Bolsista CAPES. Pós-graduanda em direitos humanos na América Latina pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Graduada em Direito pela Faculdade Meridional IMED. Integrante do Grupo de Pesquisa Criminologia, Violência e Sustentabilidade Social, coordenado pelo Profº Drº Felipe da Veiga Dias. Membra da rede INFOVÍRUS. Email: karineagathaf@gmail.com. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2316325082039598 ORCID iD: http://orcid.org/0000-0001-6680-240X.

Felipe da Veiga Dias, Faculdade Meridional IMED

Pós-Doutor em Ciências Criminais pela PUC/RS. Doutor em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) com período de Doutorado-Sanduíche na Universidad de Sevilla (Espanha).  Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Faculdade Meridional (IMED) – Mestrado. Professor do curso de Direito da Faculdade Meridional (IMED) – Passo Fundo – RS. Brasil. Coordenador do Grupo de Pesquisa “Criminologia, Violência e Sustentabilidade Social” certificado junto ao CNPq. Advogado. felipevdias@gmail.com. Currículo lattes - http://lattes.cnpq.br/6961580388113058, ORCID iD: http://orcid.org/0000-0001-8603-054X

Karolline da Silva Silveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestranda em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharela em Direito (Estácio-FARGS) e Acadêmica do curso de Ciências Sociais da UFRGS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1020050813358370 ORCID iD: http://orcid.org/0000-0003-0555-1314

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2024-12-20

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Artigos