Ensino da química na perspectiva Freiriana e a manutenção da evasão escolar no ensino médio brasileiro: o socioeconômico do problema-problema.
DOI:
https://doi.org/10.18316/dilogo.vi51.10497Palavras-chave:
Ensino de química. Evasão, método Paulo FreireResumo
De acordo com as diretrizes curriculares do Ensino Médio brasileiro, o ensino de Química faz parte do segmento de Ciências Naturais, Matemática e Tecnologia, sendo considerado a disciplina responsável pela instrumentação cultural essencial da educação humana, co-participante na interpretação do mundo e ação responsável na realidade, que deve ser abordada por meio de temas sociais contemplando três eixos do conhecimento químico: propriedades, transformações e constituição. Seu ensino ainda articula problemas sociais relacionados à Ciência e Tecnologia, cujos processos de construção do conhecimento escolar pressupõem a inter-relação dinâmica de conceitos cotidianos e químicos, conhecimentos teóricos e práticos, essenciais ao desenvolvimento de capacidades formativas específicas. Com base na análise das diretrizes curriculares para o ensino médio brasileiro - ciência da natureza, matemática e tecnologia publicadas em 2006, este artigo analisará o abandono escolar e as consequências que a ausência do ensino da química pode gerar para o mundo do trabalho brasileiro na perspectiva de autonomia do método Paulo Freire. A disciplina de Química no Brasil faz parte do currículo do ensino médio, quando os alunos estão entre 15 e 17 anos, cuja idade representa 1,6 milhão de adolescentes fora da escola, de um total de 16 milhões de jovens de uma população brasileira de 207 milhões. As principais causas da evasão são gravidez precoce, mercado de trabalho e aprendizagem. Como a educação química é para ciência e tecnologia, um país constituído por um acesso desigual de domínio e conhecimento sobre conceitos básicos da ciências exatas, elementos que afirma a dependência cultural de desenvolvimento econômico e social, pois segundo Paulo Freire, autonomia é quando há intervenção na realidade como sujeito de ocorrências, e sem minimização da evasão dos jovens no ensino médio e uma boa formação no ensino de química, não haverá a possibilidade de intervenção na realidade brasileira.
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