Participação da Sociedade Civil nas Políticas Públicas de Saúde: um estudo de caso das Comissões Locais de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.18316/922Palavras-chave:
Saúde, Políticas públicas, Controle social.Resumo
Esse trabalho teve como objetivo o estudo das Comissões Locais de Saúde (CLS) no município de Piracicaba, buscando compreender como se dá a participação da sociedade civil nas políticas de saúde, e suas relações internas nas Comissões e com o Conselho Municipal de Saúde (CMS). O estudo discute como o papel da sociedade civil no controle social se constrói ao longo da história do povo brasileiro, pós-ditadura militar e na redemocratização do país, focalizando como o trabalho dos CMS e o trabalho das CLS se dão na perspectiva atual brasileira. Utilizamos leis e textos teóricos, que definem quais as funções previstas para os CMS e CLS, e quais as reais funções e possibilidades alcançadas por tais na realidade concreta, para uma discussão sobre o tema, com base nas entrevistas e observações que ocorreram ao longo da pesquisa. O resultado das entrevistas e observações nos proporcionou compreender que os usuários que participam das Comissões estudadas já vêm de uma história de envolvimento com movimentos populares, especialmente comunitários. São esses que representam as Comissões, visto a invisibilidade dos representantes dos profissionais e da administração pública. O funcionamento da maior parte das Comissões está centrado nesses participantes que atuam como lideranças comunitárias. Com a Secretaria de Saúde estabelecem uma relação clientelista, pois buscam esse setor público para solicitar bens e serviços de saúde. A crítica em relação à administração pública é quase ausente tanto entre os que participam das reuniões do CMS, como entre os que não participam. Já em relação ao CMS, é significativa a diferença entre os que participam, que tendem ver mais positivamente o Conselho de Saúde, e os que não participam, que não reconhecem positivamente esse Conselho.
Referências
BRASIL. Constituição Federativa do Brasil de 1988. Seção II DA SAÚDE Artigo 196. <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/constituicao_saude_idoso.pdf>. Acesso em 27 jan.2012.
BRASIL. Lei n.? 8.080, de 19 de setembro de 1990. Altera a legislação federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 set. 1990. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Lei8142.pdf>. Acesso em: 27 de jan. 2012.
COSTA, M. A.; LIONÇO, T. Democracia e Gestão Participativa: uma estratégia para a equidade em saúde?. Saúde e Sociedade v.15, n.2, p. 47 – 55. Maio – Ago 2006.
FALEIROS, P. V.; SILVA, S. F. J.; VASCONCELLOS, F. C. L.; e SILVEIRA, G. M. R. A Construção do SUS – Histórias da Reforma Sanitária e do Processo Participativo. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
FONSECA, D.C. O Drama dos Novos Papéis Sociais: Um estudo psicossocial da formação de identidade nos representantes de usuários num Conselho Municipal de Saúde. 2000. 173 f. Tese (Mestrado em Psicologia Social) – Universidade Católica de São Paulo.
RELATORIO FINAL VIII. Conferência Nacional de Saúde ocorreu-nos entre os dias 17 a 21 de março de 1986. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_8.pdf>. Acesso em 27 jan. 2012.
SILVA, F.; JACCOUD, L; BEGHIN, N. Políticas sociais no Brasil – participação social, conselhos e parcerias. In: JACCOUD, L. (org.) Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília: IPEA, 2005. p. 373-408.
SOARES, V. 1998. Muitas faces do feminismo no Brasil. In: BORBA, A.; FARIA, N. & GODINHO, T. (orgs.). Mulher e política: gênero e feminismo no Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
STRALEN. van. J. C. Gestão Participativa de Políticas Públicas: o Caso dos Conselhos de Saúde. Revista Psicologia Política. Associação Brasileira de Psicologia Política. Jul – Dez. Vol. 5 n? 10, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que submetem seus manuscritos para serem publicados nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A Revista Diálogo (ISSN 2238-9024) de http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo.