Movimentos de ocupação urbana: uma integração teórica através do Conceito de Happening
DOI:
https://doi.org/10.18316/929Palabras clave:
happening, movimentos sociais, ocupação, cidadeResumen
O presente artigo busca discutir as ocupações urbanas enquanto dinâmicas de discurso que compõem significados e sentidos ao espaço público através da concepção de happening. Procura-se explicitar os processos dialógicos que ocorrem nessas manifestações e que contam com a contribuição de vários fatores psicológicos, culturais e históricos. Desta forma, trata-se o cenário urbano como um dos vetores que contribui para a formação das narrativas na cidade, e que nos incitam a pensar as relações de apropriação do espaço como constituição de lugares de experiência no tecido social. Esses eventos são entendidos como meios de interação em que se colocam em xeque questões como espaço coletivo e liberdade de expressão, uma espécie de espaço comunicacional fronteiriço, numa construção dialógica. Neste sentido a urbe constitui-se enquanto ambiente em que se reconstroem subjetividades, em jogos de identificação e diferenciação que criam uma dinâmica de construção do eu e da noção do outro. Pensa-se nas manifestações urbanas como happenings, nas quais a construção da alteridade e, portanto, da identidade relacional, se implica com processos sociais de mais vasto alcance, ocupando um espaço comunicacional de fronteira.
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