A percepção da injúria racial pelo tratamento dado às vítimas e aos seus estigmas: busca da igualdade social e racial por meio da mediação penal como prática de justiça restaurativa
DOI:
https://doi.org/10.18316/redes.v8i2.7123Palavras-chave:
Estigma, Injúria Racial, Justiça Restaurativa, Programa Mediar.Resumo
A presente pesquisa apresenta um estudo sobre a percepção da Injúria Racial pelo tratamento dado às vítimas e aos seus estigmas pelos profissionais envolvidos no seu atendimento até sua possível chegada ao Programa Mediar. O objetivo geral dessa proposta é estudar a possibilidade da Mediação Penal, como prática de Justiça Restaurativa, de satisfazer de forma diferenciada e efetiva às necessidades de uma vítima de Injúria racial, ou seja, de satisfazer o negro(a) enquanto integrante de uma sociedade complexa e discriminatória. Para tanto, utilizando-se da metodologia Análise de Conteúdo e da técnica de Análise Categorial ou Temática, desenvolvida por Laurence Bardin, partiu-se do seguinte problema: A histórica estruturação dos estigmas na criminologia viabiliza a inserção da Justiça Restaurativa no cenário jurídico penal brasileiro como solução do crime de Injúria Racial? Para tal intento, percorreram-se algumas Delegacias de Polícia onde funciona o Programa Mediar e se estudou os tratamentos que eram oferecidos aos negros. Para este estudo, baseado em leituras de autores vinculados a problemática étnico racial utilizou-se, durante o campo, de entrevistas que nortearam toda a sistemática do trabalho. Estas viabilizaram o entendimento dos diversos grupos de entrevistados onde se pode traduzir o que realmente às vítimas de Injúria Racial necessitavam e, de que forma o sentimento subjetivo produzido pela Injúria é percebido ou não pelos operadores do direito, envolvidos na solução desse tipo de controvérsia. Desta forma, o estudo relaciona os diversos estigmas ligados ao crime de Injúria racial a conceitos como intolerância, discriminação racial, pessoa desacreditada, entre outros, sob a ótica da linha interacionista simbólica, que tem como marco teórico as ideias de Erving Goffman sobre estigma. Coloca em evidência o tratamento dado aos estigmas suplantados por uma vítima de Injúria racial, na Justiça Restaurativa, em relação ao tradicional tratamento oferecido pela Justiça Retributiva que a muito vem sofrendo contestações.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que submetem seus manuscritos para serem publicados na Revista REDES concordam com os seguintes termos:
Os autores declaram ter ciência de que mantém os direitos autorais concedendo à REDES o direito à publicação.
Os autores declaram ter ciência de que o trabalho submetido será licenciado sob a Licença Creative Commons atribuição não-comercial que permite o compartilhamento do artigo com reconhecimento da autoria e publicação nesta revista.
Os autores declaram ter ciência que em virtude de os artigos publicados nesta revista tem acesso público e gratuito.
Os autores declaram, sob as penas da lei, que o texto é inédito e original e que têm ciência de que identificada a existência de plágio, os autores plagiados serão informados – para querendo, tomarem as medidas legais nas esferas cível e criminal – e, os autores do plágio terão seu acesso à revista bloqueado.
Os autores declaram que – em caso de coautoria – todos contribuíram significativamente para a pesquisa.
Os autores obrigam-se a fornecer retratações e (ou) correções de erros em caso de eventual detecção.
Os autores obrigam-se a não publicar o texto submetido a REDES em outra Revista eletrônica (ou não).
A Revista Eletrônica Direito e Sociedade - REDES - está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/redes/about/submissions#copyrightNotice.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em http://creativecommons.org/.